Importante: O texto a seguir é de autoria de Leandro Lima, pastor efetivo na IPB de Santo Amaro, SP, mestre em Teologia e História pelo Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper e doutor em Letras - Literatura, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Números não literais.
A interpretação literal dos mil anos no texto não se justifica facilmente. Qualquer pré-milenista sabe, por exemplo, que a corrente que prende Satanás não é física, é espiritual. Portanto, ninguém interpreta isto literalmente. Então, por que o número 1000 deve ser interpretado literalmente? Além disso, porque nessa passagem este número deve ser interpretado de forma literal, se todos os outros números do Apocalipse não são? Por exemplo, será que há sete Espíritos Santos, ou apenas um? (Ap 3.1; 4.5). Será que Jesus é literalmente um Cordeiro que tem sete chifres e sete olhos? (Ap 5.6). Será que correu sangue pela morte dos ímpios por 1600 estádios (296 Km)? (Ap 14.20). Será que a Nova Jerusalém possui 12000 estádios (2219 Km)? (Ap 21.16). Evidentemente que ninguém interpreta estes números literalmente, pois são claramente simbólicos. Mas, então por que o número 1000 teria que ser literal em Apocalipse 20.3-4.
Ainda deve ser considerado que a existência de um milênio literal somente pode ser deduzida do texto de Apocalipse 20.1-4. Nenhum outro lugar na Escritura fala em algo parecido. E como já vimos, Apocalipse 20.1-4 não precisa ser interpretado literalmente. No restante das Escrituras não existe a menor indicação de um milênio intermediário entre a era atual e a era eterna. Jesus, nas parábolas (Mt 13.24-30, 36-43, 47-50; Lc 19.11-27; Mt 25.14-30), e na descrição do julgamento em Mateus 25, não falou de um reino intermediário depois da sua vinda. Ele disse que sua vinda traria o julgamento e o estado final dos homens. A mesma ideia pode ser vista em toda a Bíblia. Sempre que o Novo Testamento fala do futuro não diz que haverá um reino para Israel na Segunda Vinda de Jesus, mas que quando Jesus voltar, será estabelecido o Novo céu e a nova terra (2Pe 3.1-13).
Ainda deve ser considerado que a existência de um milênio literal somente pode ser deduzida do texto de Apocalipse 20.1-4. Nenhum outro lugar na Escritura fala em algo parecido. E como já vimos, Apocalipse 20.1-4 não precisa ser interpretado literalmente. No restante das Escrituras não existe a menor indicação de um milênio intermediário entre a era atual e a era eterna. Jesus, nas parábolas (Mt 13.24-30, 36-43, 47-50; Lc 19.11-27; Mt 25.14-30), e na descrição do julgamento em Mateus 25, não falou de um reino intermediário depois da sua vinda. Ele disse que sua vinda traria o julgamento e o estado final dos homens. A mesma ideia pode ser vista em toda a Bíblia. Sempre que o Novo Testamento fala do futuro não diz que haverá um reino para Israel na Segunda Vinda de Jesus, mas que quando Jesus voltar, será estabelecido o Novo céu e a nova terra (2Pe 3.1-13).
Continua...
Link original: http://www.ipsantoamaro.com.br/artigos/o-reino-milenar.html
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