terça-feira, 14 de agosto de 2012

O FUTURO DE ISRAEL NA TEOLOGIA DE PAULO: Uma Interpretação Não-milenar de Romanos 11 / Parte 2.

Importante: O texto a seguir é de autoria de Lee Irons, PhD em Novo Testamento pelo Seminário Teológico Fuller. Também foi pastor da Capela Presbiteriana Ortodoxa Redentor em Van Nuys, Califórnia. 

...continuação.

Deixe-me começar citando-os na New American Standard Bible:
“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado; e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: ‘O Libertador virá de Sião, e Ele removerá as impiedades de Jacó”.
A questão chave que desejo tratar é o significado de “todo Israel” no versículo 26. Como já tenho declarado, eu defendo que “todo Israel” refere-se não meramente a todos os eleitos da nação de Israel, mas a todos os eleitos, tanto judeus como gentios. Se essa tese estiver correta, creio que teremos uma melhor compreensão tanto da escatologia do apóstolo, como de sua hermenêutica. Mais importante ainda, veremos a natureza radical da definição cristologicamente transformada de Israel. E isso, consequentemente, confirmará que as preocupações de Paulo, mesmo nos vv. 25-26, são presentes e teológicas, e não futuras e proféticas.

Há cinco linhas de raciocínio que suportam minha visão de que “todo Israel” refere-se à igreja.

(1) “Israel” pode ser usado em diferentes sentidos.

É comumente asseverado que a palavra “Israel” deve ter a mesma força e referência que ela tem em todas as onze ocorrências em Romanos 9-11. Por exemplo, Cranfield escreve: 
“Não é possível entender Israel no v. 26 num sentido diferente do qual ele tem no v. 25, especialmente em vista do contraste sustentado entre Israel e os gentios durante todos os versículos 11-32. Que pas Israel aqui não inclui os gentios é virtualmente certo”. [04] 
Mas essa é uma afirmação sem prova. Por que a mesma palavra não pode ser usada com mais de uma nuança? Robertson diz: “O fato de que o termo Israel é usado em dois sentidos diferentes em dois versículos consecutivos... não deveria ser perturbante. Quando Paulo diz em Romanos 9:6 que ‘nem todos os de Israel são Israel’, ele está indubitavelmente usando o termo Israel em duas formas diferentes dentro do escopo de uma única frase” (p. 226 n 9).
Uma prova primária para a minha posição pode ser feita simplesmente notando que não deveríamos ser tão apressados ao assumir que “Israel” deve ter o mesmo significado no v. 26 que ele tem no v. 25, pela simples razão de que no v. 26 temos “todo Israel”, enquanto que no v. 25 temos “Israel” sem modificação. Um uso similar de “todos” para expandir a referência de um termo originalmente limitado ao Israel étnico, pode ser encontrado em Romanos 4:13 e 16. Lemos assim a passagem:
Porque não foi pela lei que veio a Abraão, ou à sua semente, a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo, mas pela justiça da fé.... Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a semente, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós”.
Muitos comentaristas concordam que “[aquela] que é da lei” refere-se aos cristãos judeus, enquanto “[aquela] que é da fé que teve Abraão” refere-se aos cristãos gentios. Assim, Paulo está argumentando que a promessa originalmente feita a Abraão e à sua semente genética foi baseada sobre o principio da justificação pela fé, de forma que os gentios pudessem ser incluídos também. Quando ele deseja se referir à semente genética de Abraão, ele usa o simples “sua semente”, mas quando ele deseja expandir a referência para incluir a verdadeira descendência espiritual de Abraão, ele usa “toda a semente”. Se tal técnica foi usada anteriormente em Romanos, por que não aqui, no capítulo 11?

De fato, isso é muito provável, visto que no v. 32 “todos” é empregado novamente com uma conotação etnicamente universal, como ocorre tão frequentemente nas epístolas de Paulo: “Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos”. Seria desnecessário apontar que “todos” aqui não pode ser tomado como se referindo a todos homens sem exceção, pois isso implicaria em universalismo. E, de fato, os versículos imediatamente precedentes expõem o conteúdo de “todos” para nós: “Pois, assim como vós outrora fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia pela desobediência deles, assim também estes agora foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada” (vv. 30-31). Dunn comenta no versículo 32 da seguinte forma:
“O pas [‘todos’], uma característica tão insistente da expressão de Paulo do evangelho (veja particularmente 1:5, 16, 18; 2:9-10; 3:9, 19-20, 22-23; 4:11, 16; 5:12, 18; 10:4, 11-13) agora fornece um elemento apropriado na declaração final conclusiva: o ‘todos’ inclui ambas as partes nos versículos precedentes (vós gentios, e Israel)”. [05]
Não somente o v. 32, mas uma referência anterior ao pecado etnicamente universal do homem e o escopo igualmente universal do evangelho adiciona credibilidade a se tomar “todo Israel” como inclusivo de judeus e gentios: “Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado... Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela lei e pelos profetas; isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção [compare Romanos 10:12]. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:9, 21-23). Meu ponto não é simplesmente que onde quer que leiamos a palavra “todos” em Romanos devamos pensar “tanto em judeus como gentios”. Todavia, é verdade que “todos” regularmente carrega essa conotação nos contextos que tratam do relacionamento de judeus e gentios no evangelho. Que “todos” provavelmente carrega essa conotação em Romanos 11:26 pode ser demonstrado a partir de duas considerações: o contexto trata da questão judeu- gentio, e “todos” é inquestionavelmente usado com esse significado seis versículos adiante, num versículo que claramente serve como um sumário conclusivo (v. 32)

(2) A importância decisiva do v. 25.

Até aqui, tenho mostrado que minha tese é no mínimo plausível, mas tenho ainda que adicionar argumentação decisiva para demonstrar que ela é correta. Considere, portanto, a linguagem do v. 25 como um todo: “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado”. É meramente incidental que Paulo identifique o terminus ad quem do endurecimento parcial de Israel como um ponto quando “a plenitude dos gentios haja entrado”? Na visão advogada por Ridderbos e Robertson, Paulo poderia ter dito da mesma forma: “um endurecimento parcial sobreveio em Israel durante todo o período entre os dois adventos, e dessa forma, todo o Israel será salvo”. Mas parece que a própria menção da “plenitude dos gentios” indica que isso traz alguma relevância para a maneira na qual “todo Israel” será salvo. Ou devemos imaginar que houtos tem referência exclusivamente com “endurecimento parcial” (se o endurecimento é parcial, então alguns não são endurecidos, mas crêem e são salvos)? Se esse fosse o caso, por que Paulo tem o trabalho de mencionar que o endurecimento parcial teria um término total, muito menos que o término seria coincidente com a chegada da plenitude dos gentios? Se a exegese de Robertson está correta, então Paulo deveria ter escrito: “um endurecimento parcial sobreveio em Israel, e é precisamente porque o endurecimento é meramente parcial que todo o Israel será salvo”. Mas até mesmo isso é certamente uma forma reversa de dizer a mesma coisa. Não deveria ele ter escrito: “nem todos os israelitas foram endurecidos, mas resta um remanescente, e dessa forma todo o Israel será salvo”?

Mas essa certamente não é a intenção de Paulo. Ele declara duas coisas: (1) um endurecimento parcial sobreveio em Israel, e (2) esse endurecimento parcial existirá até que a plenitude dos gentios tenha entrado. O que deve ser reconhecido é que essas duas declarações estão integralmente relacionadas uma com a outra. E que qual relação é essa não é difícil de descobrir, pois todo o capítulo 11 de Romanos a define. Por exemplo, Paulo nos diz que “pela transgressão deles [isto é, dos judeus], a salvação veio para os gentios” (v. 11). O ponto é tão simples que ele é inequívoco: a transgressão e desobediência dos judeus, por cujo motivo eles foram cortados do pacto, são os meios pelos quais os gentios estão sendo salvos. Não é esse também o ponto do v. 25b? “Um endurecimento parcial sobreveio em Israel até que a plenitude dos gentios tenha entrado”. Em outras palavras, Deus tem soberanamente feito com que muitos (embora não todos) israelitas sejam endurecidos, e assim cortados, expressamente para que muitos gentios pudessem ser salvos, e esse endurecimento e cortar continuará por tanto tempo quanto for necessário para que a plenitude dos gentios possa ser enxertada. Eu acho interessante que quando Agostinho cita esse versículo, ele frequentemente traduz achris hou com ut: “Israel tem experimentado um endurecimento em parte, para que a plenitude dos gentios possa entrar”. [06] Calvino concorda:
“Até não sugere o curso ou a sucessão do tempo, mas significa, antes, a “fim de que a plenitude dos gentios [possa entrar]”. [07]
Paulo não poderia ter usado uma linguagem mais simples e direta. É precisamente por meio do endurecimento parcial de Israel que Israel é salvo. O elo intermediário é que por meio do endurecimento parcial de Israel, os gentios são reunidos na árvore do pacto no lugar daqueles ramos que foram cortados. Paradoxalmente, é dessa forma que a árvore do pacto (=todo Israel) é feita completa. “Todo Israel” refere-se não meramente a uma parte da árvore do pacto (eleitos judeus), mas à toda árvore, que inclui todos os eleitos, tanto judeus como gentios. Embora Deus pudesse ter assegurado a inclusão dos gentios aparte do fracasso dos judeus, em sua misteriosa sabedoria ele criou um caminho de salvação para os gentios que os envolve no próprio mecanismo da fidelidade de Deus para com a sua árvore do pacto. Deus endureceu os judeus para salvar alguns gentios. “E todo o Israel será salvo”.

Que esse é o caso é conformado pela menção dos gentios “entrando” (eiselthein). Entrando no que? Na árvore do pacto, “a comunidade de Israel” (Efésios 2:12). Ela serve como um equivalente quase funcional às imagens de enxertamento dos vv. 17-24. Comentaristas geralmente mencionam que esse verbo é raramente usado em Paulo (de fato, uma outra vez, em Romanos 5:12), e, portanto, seu significado deve ser buscado examinando-se seu uso em outras partes do Novo Testamento. Quando isso é feito, o veredicto alcançado é que porque os judeus usavam frequentemente o verbo em referência a “entrar no reino de Deus”, o mesmo pensamento deve ser entendido aqui. Embora isso não produza um significado inexato teologicamente, ele serve para distrair nossas mentes do ponto preciso que Paulo está estabelecendo nesse contexto particular. Certamente, a analogia de enxertamento, que ele esteve tão cuidadosamente elaborando nos versículos precedentes, deveria tomar prioridade sobre o uso de Jesus no estabelecimento da força precisa de eiselthein aqui. Não é objeção que isso constituiria uma mudança de metáfora (de enxertamento para entrada), pois Paulo já tinha demonstrado a flexibilidade da analogia do exertamento no v. 20, onde ele diz: “Eles foram quebrados por causa da incredulidade, mas tu estás firme pela fé”. Assim, o ponto de Paulo é que um endurecimento parcial sobreveio em Israel por um espaço de tempo para que o número total dos gentios seja enxertado no lugar daqueles que foram endurecidos e cortados da árvore do pacto.

Talvez alguém possa pensar que a linguagem “no lugar de” seja muito forte. Contudo, é interessante que quando o gentio hipotético argumenta (v. 19): “Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado”, Paulo não responde: “De maneira nenhuma; vocês não foram enxertados para substituí-los, mas para ficar ao lado deles”. Antes, ele diz: “Está bem (kalos, v. 20), mas não se esqueça de duas coisas: primeiro, que você está firme pela fé; e segundo, as promessas patriarcais te sustentam, e não o contrário”. Essa linguagem deixa claro que o perigo da arrogância por parte dos gentios ─ contra a qual Paulo procura advertir ─ não é a suposta arrogância dos gentios crerem que pela salvação deles, eles tomaram o lugar dos israelitas que foram quebrados por causa de incredulidade. Antes, Paulo está preocupado que os gentios não concluíssem que a partir desse estado de assuntos eles podiam agora presumir o favoritismo divino para com eles, a despeito da presença ou ausência de fé (como os israelitas fizeram), e para que eles não esquecessem que a salvação deles dependia da fidelidade de Deus ao pacto abraâmico. Assim, então, quando Paulo diz que ele não desejava que os gentios “fossem ignorantes deste mistério, para que vocês não se tornem pedantes”, e então prossegue para descrever a plenitude da salvação de Israel em termos da missão combinada de judeus e gentios, ele quer que eles entendam que a salvação deles não é uma nova eleição no lugar da eleição dos judeus, mas antes, um elemento subordinado (embora necessário) na grandiosa redenção de “todo Israel”. [08]

(3) “O mistério”.

Uma terceira porção de evidência para minha tese é o uso de Paulo do termo “mistério” aqui nesse contexto. Onde está o mistério — parece legítimo perguntar a Robertson — na idéia de que todos os eleitos judeus serão salvos? John Murray estalece o mesmo ponto, embora à serviço de uma conclusão diferente, quando ele declara: “embora seja correto que a eleição, com a certeza de seu resultado redentor, é uma verdade da revelação, ela não é uma verdade que exigiria uma forma especial de revelação, dada a entender pelas palavras ‘este mistério’ (v. 25)”. [09] Por outro lado, a revelação de que “todo Israel” será salvo por meio da salvação dos gentios, é definitivamente uma revelação apropriadamente denominada de um mistério.

E isso é apenas o que esperaríamos. Paulo frequentemente descreve o evangelho e suas implicações multiformes como “o mistério”. Não menor do que essas implicações é a verdade da igualdade de judeus e gentios como “co-herdeiros” e “co-participantes” (sugkleronoma ... summetocha) do evangelho:
Por esta razão, eu, Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vocês, gentios. Certamente vocês ouviram falar da responsabilidade imposta a mim em favor de vocês pela graça de Deus, isto é, o mistério que me foi dado a conhecer por revelação, como já lhes escrevi brevemente. Ao lerem isso vocês poderão entender minha compreensão do mistério de Cristo, o qual não se deu a conhecer aos homens noutras gerações como agora foi revelado pelo Espírito aos santos apóstolos e profetas de Deus, a saber, que mediante o evangelho os gentios são co-herdeiros com Israel, membros do mesmo corpo, e co-participantes da promessa em Cristo Jesus. (Efésios 3:1-6 NVI)
É verdade que para Paulo o mistério envolve mais do que o status dos gentios no pacto de graça. Por exemplo, em Colossenses 1:27 Paulo define o mistério como “Cristo em vós, a esperança da glória”. Mas mesmo ali a inclusão dos gentios no plano de salvação está em vista (“deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós...”). Ainda, seria reducionismo definir de maneira restrita “o mistério” no uso de Paulo como nada mais do que a missão entre os gentios.

Nem seria um bom método exegético ler em Romanos 11:25 o conteúdo específico do “o mistério” em Efésios 3:6. Por outro lado, quando notamos os óbvios paralelos entre essas duas passagens, a probabilidade de que ambos empreguem “mistério” aproximadamente no mesmo sentido é aumentada. Em ambas Paulo está se dirigindo aos gentios. Em ambas ele está tratando especificamente com o problema judeu-gentio. Em ambas ele enfatiza que os gentios estão em igualdade com os judeus como herdeiros legítimos das promessas do pacto. Visto que esses textos trazem tais paralelos significantes, seria razoável assumir que os mistérios que cada um deles descreve são também paralelos em conteúdo. Portanto, concluo que a caracterização do pronunciamento impressionante nos vv. 25-26 como “o mistério” adiciona peso à minha reivindicação de que “todo Israel” inclui tanto cristãos judeus como gentios.

Continua...

[04] C. E. B. Cranfield, A Critical and Exegetical Commentary on the Epistle to the Romans, International Critical Commentary, vol. 2 (Edinburgh: T. & T. Clark, 1979), p. 576.
[05] Dunn, Romans 9-16, p. 689.
[06] Enarrationes in Psalmos, VII.1 (ML 36,97f); IX.1 (ML 36,117); XIX.5 (ML 36,164); LXXIII.13 (ML 36,937).
[07] “Durante esse período de tempo, os gentios entrarão no povo de Deus: e isso é como Deus está salvando ‘todo o Israel’… O que Paulo está dizendo é isso. O método de Deus salvar ‘todo o Israel’ é endurecer o Israel étnico (cp. 9.14ss.), i.e., não julgá-lo imediatamente, de forma a criar um período de tempo durante o qual a missão gentílica possa acontecer, durante o curso do qual tempo permanecerá a vontade de Deus de que o presente ‘remanescente’ de crentes judeus pode ser aumentado pelo processo de ‘ciúmes’, e conseqüente fé, descrito acima. Esse processo todo é a forma de Deus salvar todo o seu povo: esse é o significado de ‘e assim todo o Israel será salvo’ ”. N. T. Wright, “Christ, the Law and the People of God: Romans 9-11”, em The Climax of the Covenant: Christ and the Law in Pauline Theology (Minneapolis: Fortress Press, 1992), pp. 249-50.
[08] Markus Barth escreve: “A indestrutível co-herança da salvação dos judeus com a salvação dos recém-chegados das nações gentílicas é visivelmente formulada em Romanos 11:25-26: ‘Veio um endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado [em Sião] a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel sera salvo’ ”. The People of God (Sheffield: JSOT, 1983), p. 33.
[09] John Murray, The Epistle to the Romans, vol. II (Grand Rapids: Eerdmans, 1965), p. 97.

Um comentário:

  1. Outro ponto que julgo importante e que pode complementar a matéria em pauta é o fato de que a misericórdia que Deus prometeu manifestar para com a nação de Israel, especificada em Rm 11:31, parece que já vem ocorrendo desde o início do cristianismo, através da MISERICÓRDIA que Deus demonstrou para com os cristãos, ao ter derramado sobre eles, notoriamente, o Espírito Santo (pela fé em Jesus Cristo).
    Ou seja, segundo o texto bíblico (Rm 11:31), é exatamente através do testemunho divino, que vem sendo manifestado para com os cristãos, de prosperidade espiritual (inclusive nos nossos dias), que os judeus têm sido levados a buscar ao DEUS DOS CRISTÃOS, da mesma forma que ocorria no Velho Testamento, quando os gentios tinham que buscar ao Deus de Israel, por causa da prosperidade que se via, claramente, na vida dos judeus.
    Salvo erro, é no meio dos cristãos que se observam os sinais, prodígios e maravilhas operados por Deus, tais como curas maravilhosas, dons espirituais, visões celestiais, etc., diferentemente do que ocorre com a nação judaica, a qual, depois de Cristo, tem vivido perseguições, mortes, desgraças, etc.

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