Importante: O texto a seguir é de autoria do Rev. Dale H. Kuiper, pastor da Igreja Protestante Reformada Sudeste em Grand Rapids, Michigan.
Como uma pessoa vê os eventos que cercam o retorno de Jesus Cristo em glória é determinado largamente pela interpretação dada ao termo milênio (mil anos – veja Apocalipse 20:1-7). Como foi apontado no artigo prévio, há três interpretações: pós, pré e a-milenismo. Temos visto que pós-milenismo é aquela visão otimista que sustenta que Cristo retornará depois do milênio (um longo período de tempo, não necessariamente de mil anos exatos), e encontrará o mundo completamente cristianizado com somente uns poucos vestígios de pecado remanescente. Será uma era dourada de justiça e paz, a maioria da humanidade será salva, e as guerras desaparecerão da face da terra. Foi mostrado que tal conceito não pode ser harmonizado com muitas porções das Sagradas Escrituras e, portanto, deve ser rejeitado.
Considerando o pré-milenismo, a primeira dica que alguém recebe de que esta visão não pode ser o ensino da Palavra de Deus é a assombrosa falta de acordo entre os próprios pré-milenistas. Se as Escrituras apresentam as últimas coisas como esta visão insiste, não deveria haver unanimidade em tudo, exceto, talvez, em alguns pontos menores? Mas este não é o caso. A definição que ofereceremos não é, portanto, representativa de todos pré-milenistas, mas é suficientemente geral para incluir a maioria: o pré-milenismo histórico é a visão das últimas coisas que sustenta que a segunda vinda de Cristo será seguida por um período de paz (exatamente mil anos) durante o qual tempo Cristo reinará sobre esta terra num reino terreno; então, virá o fim.
Uma forma mais radical desta visão é o dispensacionalismo. Os dispensacionalistas dividem a história da humanidade em sete períodos ou dispensações distintas, e ensinam que Deus trata com a raça humana durante cada período de acordo com um princípio distinto: inocência, consciência, governo humano, promessa, lei, graça e reino. Além do mais, esta visão insiste que a Igreja será removida da terra antes da grande tribulação (veja Mateus 24:29). Esta última visão, desenvolvida por John N. Darby na Inglaterra por volta de 1830, e disseminada neste país pela Bíblia de Referência Scofield, é realmente o fenômeno único chamado Pré-Milenismo Americano. Ele não é ensinado na Bíblia, mas na Bíblia de Referência Scofield. Não confundam as duas. A Bíblia é a infalível Palavra de Deus; a Bíblia de Referência Scofield é um comentário enganoso que contém “notas explicativas” na mesma página do texto da Escritura. O Pré-Milenismo nunca foi incorporado em nenhum dos credos, mas é uma interpretação privada de indivíduos de muitas denominações. Nunca foi mantido por teólogos destacados, nem ensinado em seminários onde a erudição e a exegese são proeminentes, mas por vários grupos Pentecostais e de Santidade, e Institutos Bíblicos. Hoje, isto parece ter mudado um pouco. O Pré-Milenismo parece estar invadindo aos poucos a comunidade Reformada. E é para contra-atacar esta tendência, e para oferecer ao povo de Deus algumas diretrizes escriturísticas para julgamento, que examinaremos brevemente esta visão errônea.
Uma forma mais radical desta visão é o dispensacionalismo. Os dispensacionalistas dividem a história da humanidade em sete períodos ou dispensações distintas, e ensinam que Deus trata com a raça humana durante cada período de acordo com um princípio distinto: inocência, consciência, governo humano, promessa, lei, graça e reino. Além do mais, esta visão insiste que a Igreja será removida da terra antes da grande tribulação (veja Mateus 24:29). Esta última visão, desenvolvida por John N. Darby na Inglaterra por volta de 1830, e disseminada neste país pela Bíblia de Referência Scofield, é realmente o fenômeno único chamado Pré-Milenismo Americano. Ele não é ensinado na Bíblia, mas na Bíblia de Referência Scofield. Não confundam as duas. A Bíblia é a infalível Palavra de Deus; a Bíblia de Referência Scofield é um comentário enganoso que contém “notas explicativas” na mesma página do texto da Escritura. O Pré-Milenismo nunca foi incorporado em nenhum dos credos, mas é uma interpretação privada de indivíduos de muitas denominações. Nunca foi mantido por teólogos destacados, nem ensinado em seminários onde a erudição e a exegese são proeminentes, mas por vários grupos Pentecostais e de Santidade, e Institutos Bíblicos. Hoje, isto parece ter mudado um pouco. O Pré-Milenismo parece estar invadindo aos poucos a comunidade Reformada. E é para contra-atacar esta tendência, e para oferecer ao povo de Deus algumas diretrizes escriturísticas para julgamento, que examinaremos brevemente esta visão errônea.
Tenhamos claramente em mente o seguinte. Seus principais distintivos são:
1. Os judeus são originalmente o povo de Deus, pelo qual Deus se interessou; eles são Seu povo do Reino. A eles Deus falou o Antigo Testamento inteiro e a eles Ele prometeu o Messias.
2. Quando Cristo veio, Ele não foi reconhecido nem crido pela maioria dos judeus. Esta contingência não tinha sido prevista pelos profetas, nem era o plano original de Deus. Contudo, visto que Israel, as dozes tribos, rejeitou o Cristo, como um expediente Ele lançou mão dos gentios, cujo povo constitui a Igreja em distinção do Reino. Dessa forma, a Igreja é um parêntese na história. Ela começou na cruz e terminará no começo do milênio. Além do mais, isto implica que a Escritura foi escrita para dois receptores distintos. Parte é para os judeus – o Antigo Testamento inteiro, a maior parte dos Evangelhos e especialmente o Sermão do Monte, e partes do Apocalipse. As epístolas mais outras partes do livro de Apocalipse são para a Igreja.
3. Em qualquer momento, sem sinais ou anúncio, haverá um Rapto. Veja 1 Tessalonicenses 4:13-17, Mateus 24:40-41 e Mateus 25:13. Por Rapto se quer dizer a vinda súbita e secreta de Cristo para tomar para Si, nos ares, os corpos dos santos vivos e ressuscitados. Os ímpios permanecerão no túmulo. Esta é a segunda vinda de Cristo para os Seus santos e é conhecida como a primeira ressurreição.
4. Depois se segue um período de sete anos chamado a Tribulação (a septuagésima semana de Daniel 9:24-27). Durante este tempo todos os eventos de Apocalipse 4:9 e Mateus 24 acontecerão. A Igreja, contudo, não estará sob a tribulação, mas estará com seu Senhor nos ares.
5. Então Cristo virá com os Seus santos para esta terra novamente na Revelação [Manifestação]. Neste tempo há uma segunda ressurreição daqueles santos que morreram durante a tribulação. A segunda vinda de Cristo introduz o Milênio.
6. Com o advento do Milênio, os tempos proféticos retornam, pois Deus se volta para o Seu povo favorecido, os judeus. Cristo vem para esta terra e reina num reino terreno de paz e prosperidade, um reino que tem o seu centro em Jerusalém. Os judeus são restaurados a Palestina, e à vista do Messias se voltam para Ele numa grande conversão nacional. No princípio deste período Satanás é amarrado, e Cristo destrói o Anticristo na batalha do Armagedon. A maldição é removida da natureza: os desertos florescem e os animais selvagens são amansados. Grandes números de gentios são também convertidos e incorporados a este Reino.
7. No final do Milênio, Satanás é solto por um pouco de tempo.
8. Então acontece a terceira ressurreição, a dos ímpios no final do mundo. Eles são julgados com o Diabo e seus anjos, achados em falta e designados a sentir para sempre o aguilhão do inferno.
9. Finalmente, o estado eterno com toda a plenitude do céu e a ausência do inferno é introduzido. Alguns dizem que todos os redimidos são reunidos num Novo Céu e Nova Terra. Outros mantêm que o Reino e a Igreja estarão separados para sempre; um na Palestina terrena, e a outra no céu.
1. Os judeus são originalmente o povo de Deus, pelo qual Deus se interessou; eles são Seu povo do Reino. A eles Deus falou o Antigo Testamento inteiro e a eles Ele prometeu o Messias.
2. Quando Cristo veio, Ele não foi reconhecido nem crido pela maioria dos judeus. Esta contingência não tinha sido prevista pelos profetas, nem era o plano original de Deus. Contudo, visto que Israel, as dozes tribos, rejeitou o Cristo, como um expediente Ele lançou mão dos gentios, cujo povo constitui a Igreja em distinção do Reino. Dessa forma, a Igreja é um parêntese na história. Ela começou na cruz e terminará no começo do milênio. Além do mais, isto implica que a Escritura foi escrita para dois receptores distintos. Parte é para os judeus – o Antigo Testamento inteiro, a maior parte dos Evangelhos e especialmente o Sermão do Monte, e partes do Apocalipse. As epístolas mais outras partes do livro de Apocalipse são para a Igreja.
3. Em qualquer momento, sem sinais ou anúncio, haverá um Rapto. Veja 1 Tessalonicenses 4:13-17, Mateus 24:40-41 e Mateus 25:13. Por Rapto se quer dizer a vinda súbita e secreta de Cristo para tomar para Si, nos ares, os corpos dos santos vivos e ressuscitados. Os ímpios permanecerão no túmulo. Esta é a segunda vinda de Cristo para os Seus santos e é conhecida como a primeira ressurreição.
4. Depois se segue um período de sete anos chamado a Tribulação (a septuagésima semana de Daniel 9:24-27). Durante este tempo todos os eventos de Apocalipse 4:9 e Mateus 24 acontecerão. A Igreja, contudo, não estará sob a tribulação, mas estará com seu Senhor nos ares.
5. Então Cristo virá com os Seus santos para esta terra novamente na Revelação [Manifestação]. Neste tempo há uma segunda ressurreição daqueles santos que morreram durante a tribulação. A segunda vinda de Cristo introduz o Milênio.
6. Com o advento do Milênio, os tempos proféticos retornam, pois Deus se volta para o Seu povo favorecido, os judeus. Cristo vem para esta terra e reina num reino terreno de paz e prosperidade, um reino que tem o seu centro em Jerusalém. Os judeus são restaurados a Palestina, e à vista do Messias se voltam para Ele numa grande conversão nacional. No princípio deste período Satanás é amarrado, e Cristo destrói o Anticristo na batalha do Armagedon. A maldição é removida da natureza: os desertos florescem e os animais selvagens são amansados. Grandes números de gentios são também convertidos e incorporados a este Reino.
7. No final do Milênio, Satanás é solto por um pouco de tempo.
8. Então acontece a terceira ressurreição, a dos ímpios no final do mundo. Eles são julgados com o Diabo e seus anjos, achados em falta e designados a sentir para sempre o aguilhão do inferno.
9. Finalmente, o estado eterno com toda a plenitude do céu e a ausência do inferno é introduzido. Alguns dizem que todos os redimidos são reunidos num Novo Céu e Nova Terra. Outros mantêm que o Reino e a Igreja estarão separados para sempre; um na Palestina terrena, e a outra no céu.
O exposto acima é uma apresentação altamente condensada e grandemente simplificada do assunto. Alguns autores listam até 22 eventos separados. Muitos pregadores pré-milenistas devem utilizar quadros complicados espalhados na fachada do edifício da igreja para estarem seguros de que eles estão sendo seguidos. Um catálogo curto dos pontos importantes do pré-milenismo é o seguinte: sete dispensações, oito pactos, duas segundas vindas, três ou quatro ressurreições, e pelo menos quatro julgamentos. É difícil conceber isto como sendo o ensino da Bíblia, que foi escrita numa linguagem simples para pessoas simples; sim, para crianças. Agora, nos dirigiremos à refrescante, não complicada e clara Palavra de Deus, para obter luz nestes assuntos.
Como fundamento para todo pensamento Pré-Milenista, está a separação feita entre a velha dispensação de Israel e a nova dispensação da Igreja. A questão é: Israel é o povo do Reino de Deus e os gentios Sua igreja? Ou Israel é um conceito espiritual, de forma que Israel é a Igreja e a Igreja é Israel? Se a unidade básica do pacto da graça pode ser estabelecida; se Abraão, por exemplo, e os gentios do Novo Testamento são um aos olhos de Deus; se Deus trata com Seu povo em todas as épocas de acordo com um mesmo princípio – fé, então o Pré-Milenismo cai, e pode somente ser chamado de um engenhoso mal uso das Escrituras. Com aquele homem de fé, Abraão, a quem os judeus orgulhosamente traçam sua ancestralidade, Deus estabeleceu Seu pacto eterno de graça (Gn 17:7). Esse pacto foi estabelecido mais adiante com a descendência de Abraão (Gn 22:17). O Senhor deixa claro que em Sua semente (Cristo) todas as nações da terra serão benditas (Gn 22:18). No livro de Gálatas, Paulo (o apóstolo dos gentios), toma o exemplo de Abraão quando repreende os insensatos gálatas por sua tentativa de justiça pelas obras. Ao deixar claro que Deus toma a fé em Cristo por justiça, o apóstolo fala estas maravilhosas palavras:
“Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão” (Gl 3:7).Mais tarde escreve:
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a benção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo”.Ele concluiu este capítulo com as palavras:
“Não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3:28-29).Pode alguém deixar de nota a unidade da obra de redenção de Deus? A semente de Abraão, o verdadeiro Israel espiritual, é composta de todos aqueles a quem foi dado fé em Seu Filho amado. Em íntima conexão com o acima exposto está o fato que Paulo também enfatizou a unidade da Igreja de todas as eras em passagens tais como Romanos 9:6-9, Efésios 2:19-22, Efésios 4:4-6 e Colossenses 1:16-20. O próprio Jesus como o Bom Pastor estava intensamente consciente da unidade daqueles que Deus lhe havia dado para redimir; Ele disse aos judeus no pórtico de Salomão:
“Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor” (Jo 10:16).
Em segundo lugar, o texto mais referido pelos Pré-Milenistas, 1 Tessalonicenses 4:13-17, simplesmente não prova um “rapto” súbito e silencioso e uma ressurreição separada dos justos e ímpios. Em vez disso ensina: um retorno visível e notável (grito, voz, trombeta) de Cristo; a ressurreição dos corpos dos santos mortos seguida imediatamente pela translação daqueles que estiverem vivos na vinda de Cristo, sem dizer nada sobre os ímpios; que os santos estarão para sempre com o Senhor deles, sugerindo não que eles retornem a esta terra mundana novamente em seus corpos glorificados, espirituais e incorruptíveis, mas que eles permanecerão com Cristo em glória celestial!
Além do mais, o próprio Cristo deixa claro que haverá apenas uma ressurreição:
Além do mais, o próprio Cristo deixa claro que haverá apenas uma ressurreição:
“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (Jo 5:28,29).As Escrituras revelam UMA segunda vinda de Cristo, UMA ressurreição em Sua vinda e UM julgamento.
O método de interpretação seguido pelos aderentes deste sistema é defeituoso. Uma regra básica é que as passagens difíceis da Palavra, e certamente Apocalipse 20 o é, devem ser explicada à luz de textos mais simples. Contudo, alguém não pode escapar do sentimento de que com esta visão, uma teoria preconcebida é trazida à Escritura, passagens difíceis são apeladas como prova e então, se tenta fazer com que as passagens mais simples se encaixem com a teoria. O resultado é uma divisão violenta da Palavra e, portanto, da obra redentora de Deus! Sua Palavra é uma (apresentada em dois testamentos, profecia e cumprimento), e a redenção de Jesus Cristo é uma!
Positivamente, vivemos perto do fim do que Apocalipse chama de “mil anos”. Este milênio começou em Pentecostes e terminará quando o tempo e a história terminarem. Cristo retornará pessoalmente e visivelmente, chamará os mortos dos sepulcros e dos mares, julgará todos os homens de acordo com suas obras, e colocará Suas ovelhas num só rebanho, a casa celestial com muitas moradas! Que a verdade Reformada continue sendo proclamada, que “o Filho de Deus reúne, protege e conserva, dentre todo o gênero humano, sua comunidade eleita para a vida eterna. Isto Ele fez por seu Espírito e sua Palavra, na unidade da verdadeira fé, desde o princípio do mundo até o fim” (Catecismo de Heidelberg, Domingo XXI). Benditos aqueles que são membros vivos dela!
A paz do Senhor mano!!
ResponderExcluirMuito legal seus estudos sobre escatologia, apesar de ser bem leigo nestes tipos de estudo, estou absorvendo muito, sou de congregação arminiana e neo pentecostal ( que já foi Luterana!!) e sempre aprendi sobre o pré-milenismo histórico. Agora que estou indo para os lados do a-milenismo, mas ainda com muitas dúvidas.
Como por exemplo, quando as Escrituras falam dos animais serem domesticados novamente? Vai ser aqui nesta terra (milênio)?
O Messias vai reinar aqui na terra e as pessoas indo até Jerusalém!?!?! Coisas estranhas de entender, Jesus reinando (com cetro de ferro!!!)na terra em meio ao pecado!?!?! É complicado!!!
Você pode me ajudar em relação a isto?
A paz do Cordeiro
Anderson Demoliner
Sola Gratia
Olá Anderson,
ExcluirPrimeiramente, obrigado pela visita.
Pré milenistas dispensacionalistas e também alguns históricos crêem que após a segunda vinda de Cristo haverá um milênio (um período literal de mil anos) com o Senhor Jesus reinando literalmente na terra. Assim, eles interpretam passagens como Isaías 11 sobre o lobo vivendo com o cordeiro, etc, etc, como acontecendo nesse mesmo milênio.
Todavia, se atentar para o contexto de Isaías 11, perceberá que é mais provável que o texto esteja falando de quando o Senhor Jesus veio pela primeira vez (lia desde o versículo 1).
Então, o profeta Isaías usa tais ilustrações (lobos, leões, cordeiros, etc)para enfatizar a chegada do reino de Deus com o nascimento e ministério de Cristo.
Lembre-se que Isaías está vivendo séculos antes de Cristo, então ele (assim como qualquer outro profeta) escreve suas profecias usando de termos com os quais ele está familiarizado, pois ele ainda não tinha a revelação clara do que ia acontecer.
Quanto ao reinado do Messias com cetro de ferro aqui na terra, a Bíblia não dá nenhum relato de um reinado desse tipo, em nenhum lugar.
O reinado de Cristo, a saber, o milênio, começou com a sua primeira vinda e findará em sua segunda vinda. Leia Ap 20 e verá que o tal reinado se dá principalmente no céu com aqueles que foram mortos por causa do testemunho de Cristo. Por inferência, aqueles que ainda estão vivos vivem, em alguma medida, as bençãos de Deus durante esse tempo.
Caso queira saber mais sobre o assunto, além de outros posts desse blog, você pode conferir alguns podcasts que fiz com alguns amigos sobre escatologia.
Acesse o link: http://bibotalk.com.br/site/category/podcast/btcast/escatologia-btcast
Valeu mano pelas respostas!!
ExcluirQuando falei sobre Jesus reinando com cetro de ferro, peguei comentários da Bíblia de estudo Mcarthur, que quando se tratando de doutrinas da Graça é explêndida, mas quando começa a falar sobre a dispensação e o milênio chega a ficar chata!!! Pois é muita encheção de linguíça, o cara só fala nisto!!!
A minha grande dúvida é quando deus fala de criar novos céus e nova terra. Por que precisaria de uma nova terra se a nossa pátria está nos céus? A nova terra, segundo uma visão pré/pós milenista, seria o milênio?
Abraços na Paz do Cordeiro
Anderson Demoliner
Sola Gratia
Hehe, o Mcarthur é pré-milenista mesmo.
ExcluirA questão de criar novos céus e nova terra é porque a toda a criação foi afetada pelo pecado.
Fazendo um paralelo, quando um cristão morre ele vai pra junto de Cristo. Em teoria não precisaríamos de mais nada não é? Mas sabemos que o Senhor há de ressuscitar os mortos no último dia, isso porque a plenitude não é alma sem o corpo, mas a totalidade do homem (alma+corpo) glorificada após a ressurreição.
Então, é bíblico o fato de que Deus se importa com sua criação (a parte material) de modo que o Seu plano é redimi-la também.
Assim, hoje, embora nossa pátria seja o céu, ainda não a temos em toda a sua plenitude.
Quanto a sua segunda pergunta, não. A nova terra na visão pré-milenista não é a mesma coisa que o milênio.
Para eles é nessa ordem: Primeira vinda de Cristo (período da Igreja), depois vem a Segunda vinda de Cristo (inauguração do milênio na terra) e por último, ao término dos mil anos Deus passa a régua de vez e acontece os novos céus e nova terra.
Abraço.
Outra coisa mano!!
ResponderExcluirVocê disse lá emcima no ponto 2 " nem era o plano original de Deus."
Será que se pensarmos assim, Deus teria sido pego de surpresa?
Fica na paz!!
Anderson demoliner
Sola Scriptura
Anderson,
ResponderExcluirVale lembrar que o artigo não é de minha autoria ok?
Quanto ao ponto 2, o autor do artigo não o está defendendo, ao contrário, está relatando o que os dispensacionalistas crêem.
Sendo assim, quem crê que "não era o plano original de Deus" são os dispensacionalistas, e isso realmente é uma dedução no mínimo equivocada da parte deles com relação ao plano de Deus.
Abraço.
Mac.
Báhhh mano, peço desculpas, pois não havia prestado atenção!!
ExcluirMas a frase "não era o plano original de Deus" soa estranho demais.
abraços
Anderson demoliner
Sola Gratia
Realmente, soa muuuuito estranho. Amilenistas não crêem nisso.
ExcluirAbraço.
Caramba! Estou me deliciando com a descoberta desse acervo maravilhoso, recentemente tive o prazer de conhecer esse blog através do Teologia Pentecostal numa postagem em que o Gutierrez participou do BTCast (que eu também não conhecia e que como alguém disse, é viciante, já baixei todos e passei o fim de semana inteiro ouvindo). Venho de uma família de pentecostais assembleianos, mas desde muito cedo comecei a perceber que não comungava muito com as linhas de interpretação teológica em alguns aspectos, e a Escatologia é uma delas. Estou me convertendo ao Amilenismo.
ResponderExcluirCélio.
ExcluirQue bom que gostou do conteúdo. Seja sempre bem vindo por aqui.
Abraço.
Mac.
Apocalipse 20:4“E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Yeshua, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Mashiach durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Mashiach, e reinarão com ele mil anos.
ResponderExcluirPrezado, Mac. No texto acima, fala sobre a descêndencia de Abraão, com se sua semente fosse o Ungido. Porém no verso seguinte, fala de possuir a terra de Canaã, se referindo a terra,ou seja um território físico, não algo espiritual. Colocar esse descendente como sendo o messais, não seria uma interpretação errônea, o descendente a meu ver ali, se refere a nação Israelita. Abraços!
ResponderExcluir