Importante: O texto à seguir é de autoria de Louis Berkhof (1873-1957), teólogo sistemático reformado cujas obras têm sido muito influentes na teologia Calvinista da América do Norte e da América Latina. Ensinou por quase quatro décadas no Calvin Theological Seminary.
As objeções levantadas neste ponto serão de
natureza mais geral, e, mesmo assim, só poderemos dar atenção a algumas das mais
importantes.
a. A teoria se baseia numa interpretação literal dos delineamentos proféticos do futuro de
Israel e do reino de Deus, o que é inteiramente insustentável. Isso tem sido repetidamente
assinalado em obras sobre profecia, como as de Fairbairn, Riehm e Davidson, na esplêndida obra
de David Brown sobre O Segundo Advento (The Second Advent), no importante livro de
Waldegrave sobre o Milenismo Neotestamentário (New Testament Millennarianism), e nas obras
do doutor Aalders, mais recentes, sobre Os Profetas da Velha Aliança, e A Restauração de Israel
Segundo o Velho Testamento (De Profeten dês Ouden Verbonds, e Het Herstel van Israel Volgens
het Oude Testament). O último citado é dedicado inteiramente a um minucioso estudo exegético
de todas as passagens do Velho Testamento que, de algum modo, falam da futura restauração de
Israel. É uma obra exaustiva, que merece estudo cuidadoso. Os premilenistas afirmam que nada
menos que uma interpretação e um cumprimento literais satisfarão as exigências dessas previsões proféticas; mas os próprios livros dos profetas já contêm indicações que apontam para
um cumprimento espiritual, Is 54.13; 61.6; Jr 3.16; 31.31-34; Os 14.2; Mq 6.6-8. A alegação de
que os nomes “Sião” e “Jerusalém” nunca são empregados noutro sentido que no sentido literal
de que o primeiro sempre denota uma montanha, e o segundo uma cidade, é claramente contrária
aos fatos. Há passagens nas quais ambos os nomes são empregados para designar Israel, a
igreja de Deus veterotestamentária, Is 49.14; 51.3; 52.1,2. E este emprego dos termos passa
direto para o Novo testamento, Gl 4.26; Hb 12.22; Ap 3.12; 21.9. É notável que o Novo
Testamento, que é cumprimento do Velho Testamento, não contém nenhum tipo de indicação do
restabelecimento da teocracia do Velho Testamento por Jesus, nem tampouco uma única predição
positiva e incontestável da sua restauração, ao passo que contém abundantes indicações do
cumprimento espiritual das promessas feitas a Israel, Mt 21.43; At 2.29-36; 15.14-18; Rm 9.25, 26;
Hb 8.8-13; 1 Pe 2.9; Ap 1.6; 5.10.
Para mais pormenores sobre a espiritualização que se vê na Escritura, pode-se consultar a
obra de Wijngaarden sobre O Futuro do Reino (The Future of the Kingdom). O Novo
Testamento certamente não favorece o literalismo dos premilenistas. Além disso, esse literalismo
os larga em toda sorte de absurdidades, pois envolve a restauração futura de todas as antigas
condições históricas da vida de Israel: os grandes poderes mundiais do Velho Testamento
(egípcios, assírios e babilônicos) e as nações vizinhas de Israel (moabitas, amonistas, edomitas e
filisteus) deverão reaparecer em cena, Is 11.14; Am 9.12; Jl 3.19; Mq 5.5, 6; Ap 18. O templo terá
que ser reconstruído, Is 2.2; Mq 4.1,2; Zc 14.16-22; Ez 40-48, os filhos de Zadoque terão que
servir de novo como sacerdotes, Ez 44.15-41; 48.11-14, e até as ofertas pelos pecados e delitos
terão que ser levadas outra vez ao altar, não para comemoração, (como o querem alguns
premilenistas), mas para expiação, Ez 42.13; 43.18-27. E em acréscimo a isso tudo, a situação
modificada tornaria necessário a todas as nações visitarem Jerusalém anos após ano, para
celebrar a festa dos tabernáculos, Zc 14.16, e mesmo após a semana, para prestar culto a Jeová,
Is 66.23.
b. A teoria da posposição, assim chamada, que constitui um elo de ligação no esquema
premilenista, é desprovida de toda base escriturística. Segundo ela, João e Jesus proclamaram
que o Reino, isto é, a teocracia judaica, estava às portas. Mas, porque os judeus não se
arrependeram e não creram, Jesus pospôs o seu estabelecimento até à Sua segunda vinda. O
pivô da mudança é colocado por Scofield em Mt 11.20, por outros em Mt 12, e por outros, mais
tarde ainda. Antes desse ponto decisivo Jesus não se preocupava com os gentios, mas pregava o
Evangelho do Reino a Israel; e depois disso Ele não pregou mais o Reino, mas somente predizia
a sua vinda futura e oferecia descanso aos cansados de Israel e dos gentios. Mas não se pode
afirmar que Jesus não se preocupava com os gentios antes do suposto ponto decisivo, cf. Mt 8.5-
13; Jo 4.1-42, nem que depois Ele deixou de pregar o Reino, Mt 13; Lc 10.1-11. Não há
absolutamente prova nenhuma de que Jesus pregou dois evangelhos diferentes, primeiro o do Reino e depois o da graça de Deus; à luz da Escritura, esta distinção é insustentável. Jesus nunca
teve em mente o restabelecimento da teocracia veterotestamentária, mas, sim, a introdução da
realidade espiritual da qual o reino do Velho Testamento era apenas um tipo, Mt 8.11, 12; 13.31-
33; 21.43; Lc 17.21; Jo 3.3; 18.36, 37 (comp. Rm 14.17). Ele não pospôs a tarefa para a qual tinha
vindo ao mundo, mas de fato estabeleceu o Reino e se referiu a ele mais de uma vez como uma
realidade presente, Mt 11.12; 12.28; Lc 17.21; Jo 18.36, 37 (comp. Cl 1.13).
Toda essa teoria de posposição é uma ficção relativamente recente, e deveras passível de
objeção, porque destrói a unidade da Escritura e do povo de Deus de modo injustificável. A Bíblia
apresenta a relação entre o Velho e o Novo Testamento como a de tipo e antítipo, de profecia e
cumprimento; mas essa teoria sustenta que, embora fosse propósito do Novo Testamento ser o
cumprimento do Velho Testamento, veio realmente a ser uma coisa inteiramente diferente. O
Reino, isto é, a teocracia do Velho Testamento, foi predito e não foi restaurado, e a igreja não foi
predita mas foi estabelecida. Assim, os dois ficam separados, e um deles vem a ser o livro do
Reino, e o outro, com exceção dos evangelhos, o livro da igreja. Além disso, temos dois povos de
Deus, um natural, e o outro espiritual, um terreno, e o outro celestial, como se Jesus não tivesse
falado de “um rebanho e um pastor”, Jo 10.16, e como se Paulo não tivesse dito que os gentios
foram enxertados na oliveira, Rm 11.17.
c. Essa teoria também está em flagrante oposição à descrição escriturística dos grandes
eventos do futuro, a saber, a ressurreição, o juízo final e o fim do mundo. Como se mostrou
anteriormente, a Bíblia apresenta esses grandes eventos como sincronizados. Não há mais a leve
indicação de que estão separados por mil anos, à exceção do que se vê em Ap 20.4-6. Está
patente que eles coincidem, Mt 13.37-43, 47-50 (separação do bem e do mal no fim, “na
consumação do século”, e não mil anos antes); 24.29-31; 25.31-46; Jo 5.25-29; 1 Co 15.22-26; Fp
3.20, 21; 1 Ts 4.15, 16; Ap 20.11-15. Todos eles ocorrem quando da vinda do Senhor, que é
também o dia do Senhor. Em resposta a esta objeção, muitas vezes os premilenistas insinuam
que o dia do Senhor pode ter mil anos de duração, de maneira que a ressurreição dos santos e o
juízo das nações têm lugar na manhã desse longo dia, e a ressurreição dos ímpios e o juízo do
grande trono branco ocorrem no entardecer desse mesmo dia. Eles apelam para 2ª Pe 3.8 “para
com o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia”. Mas, dificilmente isso poderá
provar o ponto, pois facilmente o feitiço poderia virar contra o feiticeiro aqui. Poder-se-ia usar a
mesma passagem para provar que os mil anos de Ap 20 são apenas um só dia.
d. Não há qualquer fundamento bíblico para o conceito premilenista de uma dupla ou até tripla
ou quádrupla ressurreição, como a sua teoria requer, nem para espalhar o juízo final por um
período de mil anos, dividindo-o em três juízos. É, para dizer o mínimo, muito duvidoso que as
palavras “Esta é a primeira ressurreição”, em Ap 20.5, se refiram a uma ressurreição física. O
contexto não requer, e nem mesmo favorece esta idéia. O que poderia favorecer a teoria de uma dupla ressurreição é o fato de que os apóstolos muitas vezes falam unicamente da ressurreição
dos crentes, e de modo nenhum se referem à dos ímpios. Mas isto se deve ao fato de que eles
estão escrevendo para as igrejas de Jesus Cristo, aos contextos em que levantam o assunto da
ressurreição, e ao fato de que desejam dar ênfase ao seu aspecto soteriológico, 1 Co 15; 1 Ts
4.13-18. Outras passagens falam claramente da ressurreição dos justos e dos ímpios num só
fôlego, Dn 12.2; Jo 5.28, 29; At 24.15.
e. A teoria premilenista se enreda em todas as espécies de dificuldades insuperáveis, com a
sua doutrina do milênio. É impossível entender como uma parte da velha terra e da humanidade
pecadora poderá coexistir com uma parte da nova terra e de uma humanidade já glorificada.
Como poderão os santos em corpos glorificados ter comunhão com pecadores na carne? Como
poderão os santos glorificados viver nesta atmosfera sobrecarregada de pecado e em cenário de
morte e decadência? Como poderá o Senhor da glória, o Cristo glorificado, estabelecer o Seu
trono na terra enquanto esta não for renovada? O capítulo vinte e um de Apocalipse nos informa
que Deus e a igreja dos remidos tomarão como seu lugar de habitação a terra depois que forem
feitos novos céus e nova terra; então, como se pode afirmar que Cristo e os santos habitarão ali
mil anos antes dessa renovação? Como poderão os santos e os pecadores na carne manter-se
na presença do Cristo glorificado, sabendo-se que mesmo Paulo e João foram completamente
esmagados pela visão dele. At 26.12-14; Ap. 1.17? Diz com verdade Beet:
“Não podemos conceber misturados no mesmo planeta uns que ainda terão que morrer e outros que já passaram pela morte e não morrerão mais. Tal confusão da era atual com a era por vir é extremamente improvável”. [01]
E Brown exclama:
“Que confuso estado de coisas é este! Que detestável mistura de coisas totalmente incoerentes umas com as outras!” [02]
f. A única base escriturística para essa teoria é Ap 20.1-6, depois de se ter despejado aí um
conteúdo veterotestamentário. É uma base muito precária, por várias razões. (1) esta passagem
ocorre num livro eminentemente simbólico e é reconhecidamente muito obscura, como se pode
inferir das diferentes interpretações dela feitas. (2) A interpretação literal desta passagem, como
dada pelos premilenistas, leva a uma conceituação que não encontra suporte em nenhum outro
lugar da Escritura, mas é até contraditada pelo restante do Novo Testamento. Esta é uma objeção
fatal. Uma boa exegese requer que as passagens obscuras da Escritura sejam lidas à luz doutras
mais claras, e não vice-versa. (3) Mesmo a interpretação literal dos prémilenistas não é
coerentemente literal, pois entende a corrente do versículo 1 e também, conseqüentemente, a
prisão do versículo 2 figuradamente, muitas vezes concebe os mil anos como um longo mas
indefinido período, e transforma as almas do versículo 4 em santos ressurretos. (4) Estritamente
falando, a passagem não diz que as classes referidas (os santos mártires e os que não adoraram
a besta) ressuscitaram dos mortos, mas simplesmente que viveram e reinaram com Cristo. E se declara que este viver e reinar com Cristo constitui a primeira ressurreição. (5) Não há
absolutamente nenhuma indicação nestes versículos de que Cristo e os Seus santos estão
exercendo governo na terra. À luz de passagens como Ap 4.4 e 6.9, é muito mais provável que a
cena se passa no céu. (6) Também merece nota que a passagem não faz menção nenhuma da
Palestina, de Jerusalém, do templo e dos judeus, os cidadãos naturais do reino milenar. Não há
nenhuma insinuação de que esses elementos estejam de algum modo relacionados com este
reinado de mil anos. Para uma interpretação minuciosa desta passagem, do ponto de vista
amilenista, remetemos o leitor a Kuyper, Bavinck, De Moor, Dijk, Greydanus, Vos e Hendriksen.
[01] As Últimas Coisas (The Last Things), pg. 88.
[02] O Segundo Advento (The Second Advent), pg. 384.
Mau, mas que post legal, cara...
ResponderExcluirLi todo o artigo conferindo as referências bíblicas e fiquei deveras embasbacado com a quantidade de erros que uma exegese ruim pode acarretar.
Eu mesmo fui ensinado no premilenismo e minha cabeça foi explodindo a cada parágrafo desse texto.
Tenha certeza de que fiquei incomodado e prometo ler mais sobre esse assunto tão importante pro cristianismo.
Abraço!
Mais uma vez esse blog cumpre com o seu propósito :)
ExcluirQuem bom Thiago. Realmente não é apenas uma questão de queda de braço entre uma ou outra posição, mas sim de perceber qual delas reflete uma exegese que mais se aproxima do ensino bíblico acerca das últimas coisas.
Sempre que quiser apareça :)
Abraço.
Texto muito ruim! Está carregado de interpretações errôneas,pois acho que Louis Berkhof em 1948 deve ter ficado péssimo ao ver a restauração da Nação de Israel. O Amilenismo espiritualiza o que quer e ''literaliza'' também o que quer. A maldita teologia da substituição tem feito a cabeça dos incautos. A atual ''perseguição''(anti-semitismo) ao povo Judeu, a briga por Jerusalém são provas incontestáveis de que a Igreja não substituiu a Israel no plano profético.
ResponderExcluirGraça e paz Rikardinhojudeu.
ExcluirPrimeiramente, obrigado pela visita.
Segundo, parabéns pelo exemplo de cordialidade.
A propósito, você é mesmo judeu?
Bem, suas observações não são novidade aos ouvidos de qualquer amilenista. Quanto as suas acusações, dê uma olhadinha nos demais posts do blog. Você encontrará diversos textos que abordam biblicamente a "maldita" teologia da substituição, a questão do anti-semitismo, e principalmente o suposto cumprimento das profecias sobre Israel em 1948.
Sem mais,
Mac.
Texto de Irineu incontestável que faz cair por terra qualquer possibilidade de a Igreja substituir a Israel:
ResponderExcluir"Também um outro perigo, que não deixa de ter importância, surpreenderá repentinamente aqueles que falsamente presumem que conhecem o nome do anticristo. No caso dessas pessoas assumirem um (um número), e o anticristo vier com outro, eles serão facilmente controlados por ele, já que não é o esperado, a respeito do qual deveria haver cuidado. Essas pessoas, então, deveriam aprender (tal qual realmente é o estado das coisas), a retroceder ou voltar até o número verdadeiro do nome, para que não predigam nomes entre os falsos profetas.
Porém, conhecendo o número exato declarado pela Escritura, que é o de 666, devem esperar, em primeiro lugar, a divisão do reino em dez; logo, no momento seguinte, quando esses reis estejam governando e começando a colocar seus assuntos em ordem e a desenvolverem seus reinos (deixem que eles saibam), para dar a conhecer aquele que virá reclamando o reino para si mesmo e atemorizará aquelas pessoas de quem temos falado, tendo um nome que consiste no número mencionado anteriormente, isso é realmente a abominação da desolação...
Então é mais acertado e menos danoso esperar o cumprimento da profecia do que ficar fazendo adivinhações ou predições acerca dos possíveis nomes que este anticristo possa ter, já que se pode encontrar muitos nomes que possam conter o número mencionado; e a mesma interrogação seguirá sem resolução...Porém, agora ele indica o número do nome, para que quando este homem venha possamos precaver-nos, estando alertas a respeito de quem ele é...
Porém, quando este anticristo tenha devastado todas as coisas neste mundo, ele reinará por 3 anos e 6 meses, e se sentará no templo de Jerusalém; e quando o Senhor vier nas nuvens dos céus, na glória do Pai, enviará este homem e a seus seguidores ao lago de fogo; restaurando os tempos de bem-estar e justiça no reino, que é, o descanso, o sétimo dia sagrado; e restaurando a Abraão a herança prometida, no reino que o Senhor declarou, no qual muitos virão do este e do oeste e se sentarão com Abraão, Isaque e Jacó".
(Irineu viveu entre 120 e 202 d.C.)
Rikardinho,
ExcluirÉ do conhecimento de todos que Irineu esboçava uma versão primitiva daquilo que conhecemos como pré-milenismo.
Engraçado, essa clareza que você diz que texto de Irineu tem em contestar a possibilidade de a Igreja substituir Israel, pra mim não parece estar tão claro assim.
O que está claro aqui é que Irineu faz uma interpretação por demasiado literalista do livro de Apocalipse, seguindo aquele velho e persistente equívoco de interpretar números como sendo literais, dentre outras coisas.
Mais claro ainda é que Irineu não apresenta qualquer texto bíblico para provar o referido raciocínio. No seu caso, além de você também fazer o mesmo, foi além disso e preferiu usar um texto pronto - e deveras inconsistente - à confrontar biblicamente o texto do post.
Se você estiver disposto em levar uma conversa que realmente seja mais do que mera especulação e pura provocação, estarei esperando.
Em Cristo,
Mac.
Vc poderia então comentar este trecho de Romanos, no qual Paulo deixa claro a restauração futura de Israel nação?
ResponderExcluir(Rm 11,25-26) "Para que não confieis demais em vossa própria sabedoria, irmãos, desejo que conheçais este mistério, a saber: o endurecimento de uma parte de Israel vai durar até que tenha entrado a totalidade dos pagãos. 26.E então todo Israel será salvo, como está escrito: “De Sião virá o libertador; ele removerá as impiedades do meio de Jacó."
Basta você observar na própria carta aos Romanos no referido capítulo que é o 11. Paulo não está dizendo que a nação de Israel será restaurada, como muitos querem, mas que ainda haverá, pela graça, muitos salvos entre os do povo judeu, ainda há eleitos entre os judeus. (não meramente por serem judeus)
Excluir"Assim, hoje também há um remanescente escolhido pela graça.
E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça." Romanos 11:5-6
ExcluirBasta você atentar para o próprio capítulo 11 de Romanos. Paulo não está dizendo que Deus vai restaurar a nação de Israel. Onde que isso está no texto de romanos? Isso na verdade iria na contra mão de tudo o que ele já disse na própria carta. "Que concluiremos então? Estamos em posição de vantagem? Não! Já demonstramos que tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado."
Paulo está dizendo apenas que ainda há muitos para serem salvos entre os judeus, mas não por serem judeus, mas pela graça de Jesus.
"Assim, hoje também há um remanescente escolhido pela graça. E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça."
Romanos 11:5-6
Paz à todos!
ResponderExcluirPelo que pude ver, todas as quatro visões do milênio tem pontos em comum. Mas com considerações diferentes quanto à detalhes.
Esses detalhes provocam discussões arrogantes e as vezes agressivas, que poderiam estar sendo evitadas.
É muito bom o texto ter sido colocado para estudos. Porém, mesmo esse texto possue algumas linhas "provocacionais".
Acredito que o capítulo em questão que expõe o acontecimento é muito claro. Não há motivos para se crer que ele seja apenas em modo figurado.
Penso que a cronologia de apocalipse está correta, e não há motivos para se recolocar eventos em outras posições para que os acontecimentos façam sentido.
Estudos proféticos do antigo testamento para se prever o milênio pode ser interessante. Mas irrelevante no sentido de se apegar tanto para se defender, custe o que custar.
Se há profecias e revelações, então, adivinhações colocadas em teses deveriam ser mais cuidadosas para se evitar conflitos que levem cristãos à íra.
Resumindo, Os acontecimentos proféticos ocorridos até hoje nos provocaram surpresa. E creio que quando tudo se cumprir, muito já se será esperado, mas tudo será de uma forma imprevisível, (No sentido de surpresa).
Graça e paz.