Importante: O texto a seguir é de
autoria do Rev. Hernandes Dias Lopes, conferencista, escritor e pastor
titular da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória - IPB.
A interpretação de um milênio literal encontra várias dificuldades:
Primeiro, não encontramos essa idéia de um milênio terrenal após a segunda vinda de Cristo nos evangelhos e nas epístolas paulinas e gerais.
Segundo, o Novo Testamento ensina uma única volta de Crito, e não duas.
Terceiro, uma interpretação literal desse número, em um livro de simbolismos, especialmente neste capítulo saturado de símbolos, é um obstáculo considerável.
Quarto, o milênio fala de Cristo reinando fisicamente aqui neste mundo, enquanto o Seu ensino mostra que o Seu reino é espiritual.
Quinto, a idéia de um milênio na terra e a posição de preeminência dos judeus, reintroduz aquela distinção entre judeus e gentios já abolida (Cl 3:11; Ef 2:14,19). Só existe uma igreja e uma noiva, formada de judeus e gentios.
Sexto, a idéia do milênio terrenal ensina que haverá pelo menos duas ressurreições, uma de crentes antes do milênio e outra de ímpios depois do milênio e isto está em oposição ao que o restante da Bíblia ensina (Jo 5:28-29; Jo 6:39,40,44,54; 11:24).
Sétimo, a idéia do milênio cria a grande dificuldade da convivência do Cristo glorificado com os santos glorificados vivendo com homens ainda na carne (Fp 3:21).
Oitavo, como conceber a idéia de que as nações estarão sob o reinado de Cristo mil anos e depois elas se rebelam totalmente contra Ele (20:7-9)?
Nono, a cena descrita por João em Apocalipse 20 de forma alguma ocorre na terra; é uma cena celestial.
Décimo, todo o ensino do Novo Testamento é que o juízo é universal e segue imediatamente à segunda vinda, mas a crença no milênio terrenal, o juízo acontece mil anos depois da segunda vinda e só para os incrédulos.