O autor comete um erro básico. Ele considera que há uma só ressurreição. Mas quando da morte de Cristo, muitos dos santos ressuscitaram e apareceram a muitos. Assim como Jesus, em seu corpo ressurreto aparecia onde queria. Esses santos não voltaram a morrer, tiveram a ressurreição definitiva, receberam seus corpos glorificados. Suponho que juntaram-se a Enoque e Elias, que não viram a morte, mas já tinham seus corpos glorificados. Quando se entende que alguns já receberam seus corpos glorificados, e que para eles a morte já está vencida, aceita-se com naturalidade a existência de mais de uma ressurreição no Apocalipse também. Quando se pode dizer que a morte foi vencida? Apenas quando ocorrer a última ressurreição, naturalmente. Os corpos glorificados de Enoque, Elias e dos santos que ressuscitaram após a morte de Cristo, esses corpos glorificados não são motivos para dizermos que “tragada foi a morte na vitória”, pois a morte ainda atua nos outros. Da mesma forma, ainda que houvessem cinqüenta eventos de ressurreição (não se preocupe, falo só retoricamente), só no último se poderia cantar vitória sobre a morte. Muitas das questões levantadas pelo autor se resumem nesse quesito, e não são problema para se crer no pré-milenismo.
Erra também o autor ao supor que os pré-milenistas não crêem que Cristo já reina e que a Igreja reina com ele. É claro que cremos nisso, a Bíblia ensina assim. E interpretamos que haverá um milênio onde ele reinará de forma diferente do que reina hoje, seu reino será mais visível. Porque cremos assim? Será que é por alguma idéia preconcebida que tentamos impor ao texto? Certamente não! Cremos apenas por ser essa a interpretação que julgamos mais adequada ao conjunto dos textos Sagrados. Compreendendo isso, na visão pré-milenista realmente Cristo reina até que todos os seus inimigos, gradualmente vão sendo postos debaixo dos seus pés. Sempre que uma pessoa se converte, isso é derrota dos demônios que tentavam segurar tal pessoa. Quando o anti-cristo e o falso profeta forem mortos, mais dois inimigos serão derrotados. Quando o Diabo for lançado no lago de fogo, mais um inimigo terá sido derrotado. Finalmente, quando houver a última ressurreição, será destruído o último inimigo que é a morte. O autor vê incongruências onde não há. Essas explicações dão conta de muitas das questões levantadas pelo autor. Depois continuo.
...Continuando O autor sugere que os pré-milenistas afirmam que os habitantes do mundo, no milênio serão os rebeldes seguidores da Besta. De onde ele tirou isso? Deveria haver um limite para a má representação dos pré-milenistas. Nunca ouvi ou li tal afirmação, a Bíblia é clara em dizer que os inimigos serão mortos. Habitarão a Terra no milênio, aqueles que não se deixaram marcar, mas que conseguiram sobreviver escondidos, e todos aqueles que forem considerados incapazes de decisão (crianças, por exemplo). Obviamente, a população da Terra será, num primeiro momento, muitissimo menor que a atual. O castigo dos seguidores da Besta, no texto bíblico, é imediato, e foi sempre assim que os pré-milenistas disseram. O autor cria um homem de palha. Várias das questões desse autor se fixam a essa afirmação errada. Esse é o tipo de texto que, em vez de tentar convencer os pré-milenistas, apenas irrita-os. Não creio que esse autor contribua para um debate mais elevado.
O autor fala também de “uma absurda rebelião no fim do milênio”. É sim absurdo, mas não é incomum que, se existirem seres sujeitos ao pecado, eles se rebelem contra Deus. Adão e Eva eram sem pecado e caíram, durante toda a história, mesmo em momentos em que Deus mostrou claramente o seu poder, houve rebelião.
O autor considera absurdo que os rebelados tentem lutar contra Cristo e seus santos. Absurdo é, mas não é incomum. Foi absurda a atitude dos descendentes de Adão de se entregarem ao pecado contra Deus enquanto Adão ainda estava vivo, e poderia testemunhar da enorme perda que sofreu por causa do seu pecado. Foi absurda a rebelião em Babel, enquanto Noé e seus filhos ainda estavam vivos, e poderiam testemunhar da destruição do mundo todo, e de sua salvação miraculosa. Foi absurda a atitude de Faraó, quando até os seus magos reconheciam que ele estava se defrontando contra Deus. Foi absurda a rebelião de Israel contra Moisés, após tantos sinais espantosos. Foi absurdo o pecado insistente de Sansão, ele próprio a prova viva do poder de Deus. Foi absurdo o caminho de pecado de Joab, ele mesmo um dos valentes de Davi, que operavam poderosamente pelo poder do Espírito. Foi absurda a insistência no pecado do povo de Israel, mesmo vendo os sinais poderosos operados pelos profetas. Foi absurda a rejeição do Messias, após ter dado todos os sinais de que era realmente o Esperado. Foi absurda a rejeição ao evangelho, mesmo havendo provas incontestes da ressurreição de Cristo. A história da humanidade tem sido seguidamente uma seqüencia de rebeliões absurdas. Realmente, o autor tem razão nisso, é absurdo. Mas de forma nenhuma é incomum...
Vou esperar pela finalização da sua fala para tecer meus comentários.
A única coisa que peço de antemão é que você mostre evidências bíblicas de que os santos de Mt 27:52 ressuscitaram com corpos glorificados e foram assuntos ao céu.
Bom, infelizmente não será muito rápido dar resposta a todas as questões. Estou mais ocupado agora do que estava antes. Mas, aos poucos, irei respondendo.
Quanto à questão dos que ressuscitaram a Bíblia não dá nenhuma indicação de como foi sua ressurreição. Mas é possível tirar algumas conclusões.
1. Quando Lázaro foi ressuscitado, os líderes religiosos ficaram preocupados, pois essa seria uma evidência forte demais em favor de Yeshua. A ressurreição do próprio Ungido eles negaram com suborno (muito dinheiro) e fraudes. Como ficariam desesperados pela ressurreição de um grande número de pessoas! Seria uma evidência grande demais! Mas isso não foi problema. Narra-se que estes que ressuscitaram, entraram na cidade e apareceram a muitos. Mas não há mais notícias deles. Sumiram da história e das páginas da Bíblia. Se estavam enterrados perto de Jerusalém, supõe-se que era lá perto que viviam antes de morrerem. Para onde foram?
2. Ao defender a doutrina da ressurreição, Paulo fala de mais de 500 pessoas que haviam visto Jesus, muitas das quais estavam vivas nessa época, desafiando seus leitores a comprovarem isso. Qualquer um poderia ir à Judéia, onde estariam a maioria dessas testemunhas. Mas nada fala daqueles santos que ressuscitaram após a morte de Cristo. Teriam todos tornado a morrer? Para onde foram?
3. Ao disputarem com as autoridades, os crentes poderiam sempre citar os santos ressuscitado, que estariam entre eles, como prova de que Yeshua era o Ungido. Afinal, foi no dia em que ele morreu que eles ressuscitaram. Eles jamais são citados, não fazem parte das argumentações, nem jamais se narra que fizeram alguma coisa na história da Igreja primitiva, ninguém nunca fala deles. Não participaram de nada? Nenhum deles atuou na obra, como missionário, ou mestre ou profeta ou diácono? Aparentemente, tão rápido quanto vieram, se foram.
Realmente, a Bíblia não fala que tipo de ressurreição eles tiveram. Mas parece de todo improvável que tenha sido como a de Lázaro. Deste se diz que muitos foram vê-lo, pois o fato foi impressionante. Daqueles, nem isso se fala.
Considerando que Enoque e Elias, têm de ter corpos glorificados, pois eles não podem ressuscitar a hipótese de que os santos ressuscitados tiveram seus corpos glorificados não pode ser descartada. E, se essa hipótese não pode ser descartada, e a hipótese alternativa parece extremamente improvável, é quase impossível fugir à conclusão.
Também está grande a correria pra mim. Fico imaginando se tivesse mais uns cinco como você que comentasse aqui no blog... Teria que me aposentar por insalubridade, rsrsrs.
Então, vamos colocar alguns pingos nos is. Primeiramente, é válido ressaltar que o autor é pós-milenista, então, como você deve saber, eu, como amilenista, não compactuo com algumas pressuposições dele. Quando o autor do artigo afirma que só há uma ressurreição, acho que ele está se referindo àquela para a vida eterna, em distinção a de Lázaro e demais casos pré-segunda-vinda. Outrossim, você pode me dizer em qual parte do artigo o autor diz que os pré-milenistas não crêem que Cristo já reina, pelo menos em algum aspecto? Pelo que li e entendi, ele afirma que nem Cristo nem os apóstolos ensinaram um milênio nos moldes do pré-milenista, o que é diferente da sua afirmação.
Você disse: "O autor sugere que os pré-milenistas afirmam que os habitantes do mundo, no milênio serão os rebeldes seguidores da Besta. […] Habitarão a Terra no milênio, aqueles que não se deixaram marcar, mas que conseguiram sobreviver escondidos, e todos aqueles que forem considerados incapazes de decisão (crianças, por exemplo)." Consultei alguns comentários de pré-milenistas que tenho comigo e, de fato, não encontrei o que o autor sugere nas perguntas 14, 15 e 16, conforme ressaltado acima por você. Mas acho possível que esteja dessa forma no imaginário do “povão”, devido ao entendimento raso que a pessoa comum costuma ter do pré-milenismo. Concordo com você, segundo o raciocínio pré-milenista, e levando em conta os exemplos por você citados, que não seria incomum que uma rebelição acontecesse, mas aqui eu penso que já é especulação, com pouca ou nenhuma evidência bíblica para dar mais luz à questão.
Sobre essa questão de Mt 27:52, primeiramente, seu argumentação é baseada no silêncio. Também posso argumentar dessa forma, dizendo que, por serem várias as pessoas que ressuscitaram, os líderes religiosos foram impossibilitados de agir e, nesse caso, a melhor coisa a fazer era ficar quieto. Do fato deles terem aparecido a muitos bem podemos concluir que não ficaram mudos, mas testemunharam do que lhes havia acontecido, e se, além disso eles também estavam com corpos glorificados, não seria da mesma forma algo tão ou mais digno de ser mencionado no restante no novo testamento? Agora, o que dá a possibilidade sim, de que aquela ressurreição foi como a de Lázaro – a saber, não com corpos glorificados, nem para a vida eterna –, é que alguém – tirando Jesus – só pode ter um corpo glorificado após a segunda vinda de dEle, ou seja, é uma característica específica do fim dos tempos. Paulo diz em 1Co 15:22-23 (grifo meu):
22 - Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados. 23 - Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem.
Ainda, nos vs. 51 e 52:
51 - Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, 52 - num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados.
Pode-se ainda adicionar 1Ts 4:13-17 em reforço ao elo inquebrável da ressurreição/glorificação/segunda-vinda. Em Jo 11:24, Marta cria que Lázaro, seu irmão, ressuscitaria no último dia, e nisso está implícito que era para a eternidade, quando a morte já não teria mais poder sobre seu irmão. Assim, a ressurreição com corpo glorificado se dá apenas no último dia. Ainda, esse tipo de ressurreição com corpo glorificado se dá no contexto de julgamento, e este acontecesse apenas no fim dos tempo, conforme Jo 5:28,29. Aqui já temos a base clara para a ressurreição com corpos glorificados se dando única e exclusivamente na segunda vinda de Cristo.
A ordem dada na Bíblia para a ressurreição pode perfeitamente ser uma verdade geral, mas não necessariamente absoluta. Realmente, seguindo o ensino da Tanach, os judeus esperavam a ressurreição para o tempo final, e esse também é o ensino no NT. Mas isso não prova que não possam haver exceções. Considerando que Enoque e Elias devem ter corpos glorificados sem terem ressucitado, não parece haver nenhum impedimento absoluto para que outros possam ter corpos glorificados depois ao terem ressucitado.
Quando me referi ao silencio sobre os santos ressurretos, realmente a ressurreição em corpo glorificado deve ser algo mais impressionante que uma ressurreição no corpo atual. Mas um ressurreto em corpo glorificado seria uma prova muito mais fraca, pois ele iria embora, e ficaria apenas o testemunho de quem o tivesse visto antes de ir. Já alguém que ressucitasse no seu corpo comum, poderia ser visto por muitos, pois ficaria muitos anos. É um argumento de silêncio, realmente, mas pe um silêncio estranho se essas pessoas ficaram na igreja. A própria expressão "apareceram a muitos" sujere uma passagem não permanencia.
Desculpe, o último comentário deve ter saído com o nome da minha mulher.
O autor diz:
"Se o reinado de Cristo se processa até a destruição do último inimigo que é amorte, como dizem os pré-milenistas que este reinado começará após a Segunda Vinda,quando bem sabemos que é exatamente por ocasião da Segunda Vinda que a morteserá destruída?"
Ora, os pré-milenistas não dizem que o reinado só começará na segunda vinda, pelo menos os que eu conheço. O que nós dizemos é que o reinado passará a ter um caráter diferente, pois haverá uma restauração parcial da natureza, entre outras coisas. Num certo sentido, parecerá mais com o mundo ante-diluviano, neste aspecto da natureza e da extensão da vida das pessoas.
Quanto à pergunta do autor sobre quanto eras existem, vejo nisso apenas retórica. Existirão os novos céus e nova terra, isto é o mundo vindouro. Em oposição a isso, tudo mais é era presente. Por outro lado, dentro da era presente, tem havido mudanças drásticas e espantosas. O mundo antes da queda era extremamente diferente do atual, e o mundo dos ante-diluvianos também. Não só as mudanças foram drásticas, mas eventos drásticos ocorreram, como o dilúvio e a saída dos israelitas do Egito, por meio de sinais espantosos de Deus e o próprio ministério do Messias. Se o argumento do autor é que nada na era presente pode ser muito diferente do que é hoje, o passado prova o contrário. A era presente, isto é, tudo que vem antes do mundo vindouro, tem sido bastante variado. Diante das variações que já ocorreram, o milênio não seria algo incrível.
Quanto ao fato de Jesus não ter ensinado sobre o milênio, ele não ensinou toda a doutrina (ou, pelo menos, não está registrado). Caso todo ensino de Deus estivesse registrado nos evangelhos, nada mais precisaria ser escrito.
Quanto a ser um retrocesso ou não os santos glorificados reinarem na Terra, isso não é comigo. Se Deus achar que assim é melhor, não vejo problema. Os santos glorificados são como os anjos. E os anjos não se recusam a ministrar entre os homens nesta Terra.
Quanto à questão 23, nós pré-milenistas não interpretamos isso como o juízo final, mas como o julgamento daqueles que sobreviverem à grande tribulação. As outras questões até a de número 23 me parecem repetitivas. Suponho que eu respondi todas, pelo menos em essência. Se você julgar que alguma das questões na se encaixa nas minhas respostas, respondo especificamente.
Da questão 24 em diante, não está aparecendo na minha tela. É estranho, pois antes apareceu.
O problema com Elias e Enoque é que não há ensino normativo sobre transladação, diferentemente do que acontece com a ressurreição. Na minha opinião não dá pra comparar o caso deles.
Se a expressão "apareceram a muitos" sugere uma não permanência no local, isso se dá pelo fato deles, em vida, morarem em locais diferentes. Seria natural que, ao ressuscitar, voltassem para suas casas.
Quanto as questões do autor do artigo as quais você contra-argumentou, não tenho nada a acrescentar. Ainda que eu discorde da posição pré-milenista em geral, aceito sem problemas a defesa feita por você.
Encontrei o texto em outro endereço, e começarei a responder as outras questões:
"28.Por que os discípulos deveriam almejar um reinado milenar na terra quando o que Jesus lhes prometeu foi um lar celestial? O que Jesus prometeu foi voltar para levá-los para si ou voltar para ficar com eles, constituindo um reino aqui na terra?"
Os prémilenistas não o são por fazerem questão de um reino milenar nesta terra. O são por acreditarem que essa doutrina é a que se encaixa melhor ao conjunto de textos.
"30. Se Jesus declarou que seu reino não era deste mundo, por que ele teria de voltar para reinar na Terra?
Também está escrito que a própria natureza geme, esperando a redenção. A compreensão do autor de "o meu reino não é deste mundo" parece excluir qualquer coisa que não seja espiritual. Mas então eu pergunto: para que a ressurreição em um corpo capaz de interagir com um universo físico?
"31. Qual seria a duração do Reino de Cristo de acordo com as profecias do Antigo e Novo Testamentos?"
O autor parece supor que os pré-milenistas entendem que o milênio "é o Reino de Deus". O Reino de Deus estava presente no ministério de Jesus, está presente hoje, estará presente no milênio e estará presente na Eternidade.
"32. Onde está o trono do Rei Jesus na terra ou no céu?"
O Trono está nos céus, desde que Cristo foi ressucitado (e, na verdade, na Eternidade). Nós também estamos assentados em espírito com Cristo. Quando Jesus voltar (e muitos amilenistas acreditam que ele voltará), ele não deixará de estar assentado em Espírito no seu trono celestial. Ele ficar aqui na Terra por um minuto, um dia, ou mil anos, não o impedirá de estar assentado em seu trono.
"33. Por que nem mesmo Apocalipse 20 descreve Jesus fisicamente reinando em um trono na cidade de Jerusalém e por que o Apocalipse diz que Jesus precisou ser arrebatado da terra para chegar ao seu trono celeste para reger as nações com vara de ferro?"
Algum pré-milenista nega que Jesus assentou-se à direita do Pai após ressucitar?
Desculpas aceitas, até porque entendo o seu lado, rsrs. Rapaz, chega uma hora que fica complicado manter um blog, sobretudo se você quiser que ele tenha alguma relevância. Haja tempo.
Ô.o'
Mas, quanto aos pontos levantados por você:
Na pergunta 29, conquanto que seja verdade que pré-milenistas não discordam que a promessa de justiça se cumpra nos novos céus e terra, contudo, qualquer pré-milenista aceita que no milênio haverá uma justiça que excederá consideravelmente – politica e espiritualmente - a atual. Esse não é um conceito de justiça sobremaneira?
Na 30, creio que o autor se refere à ênfase pré-milenista em um reino nos moldes daquele que os fariseus também esperavam. Concordo com você que não é bíblico dicotomizar a esfera espiritual da material, como o primeiro sendo bom e o segundo mal (isso é paganismo grego de séculos atrás). Então, sempre em alguma proporção o físico faz parte do reino de Deus. Aqui, acho que a grande diferença reside no fato de que, para o pré-milenismo, esse reinado de Jesus após sua volta se dá em uma terra não redimida (no milênio, o pecado e morte ainda existem, etc.), diferente do que o amilenismo defende.
Na 31, penso que ele está se referindo ao reino milenar, que os pré-milenistas afirmam durar mil anos, segundo Ap 20. Mas nesse caso, conheço pré-milenistas que estão abertos para o fato de “mil anos” não ser literal, ou seja, um número fixo de tempo.
Na 32 e 33, entendo suas colocações. Sei que Jesus, na qualidade de Deus (onipresença), pode estar em vários lugares ao mesmo tempo, porém, particularmente acho esse conceito estranho quando, na prática, o aplicamos em pessoas redimidas em comunhão direta com o Cristo visível em um espaço, em detrimento do mesmo Cristo estar a destra de Deus ao mesmo tempo em outra posição. Apesar de ter poder para fazê-lo, penso que Cristo, ou está num lugar (com seu corpo glorificado) ou não está. Por isso, repito, acho esse conceito estranho às Escrituras, o que inviabilizaria um milênio terrestre, uma vez que Seu trono não está (nem pode estar) na terra, conforme aquela idealizada pelos pré-milenistas. Diferentemente, nos novos céus e nova terra não haverá essa distinção de espaço entre os que vivem no céu e os que vivem na terra, pelo menos assim eu creio.
O autor comete um erro básico. Ele considera que há uma só ressurreição. Mas quando da morte de Cristo, muitos dos santos ressuscitaram e apareceram a muitos. Assim como Jesus, em seu corpo ressurreto aparecia onde queria. Esses santos não voltaram a morrer, tiveram a ressurreição definitiva, receberam seus corpos glorificados. Suponho que juntaram-se a Enoque e Elias, que não viram a morte, mas já tinham seus corpos glorificados. Quando se entende que alguns já receberam seus corpos glorificados, e que para eles a morte já está vencida, aceita-se com naturalidade a existência de mais de uma ressurreição no Apocalipse também. Quando se pode dizer que a morte foi vencida? Apenas quando ocorrer a última ressurreição, naturalmente. Os corpos glorificados de Enoque, Elias e dos santos que ressuscitaram após a morte de Cristo, esses corpos glorificados não são motivos para dizermos que “tragada foi a morte na vitória”, pois a morte ainda atua nos outros. Da mesma forma, ainda que houvessem cinqüenta eventos de ressurreição (não se preocupe, falo só retoricamente), só no último se poderia cantar vitória sobre a morte. Muitas das questões levantadas pelo autor se resumem nesse quesito, e não são problema para se crer no pré-milenismo.
ResponderExcluirErra também o autor ao supor que os pré-milenistas não crêem que Cristo já reina e que a Igreja reina com ele. É claro que cremos nisso, a Bíblia ensina assim. E interpretamos que haverá um milênio onde ele reinará de forma diferente do que reina hoje, seu reino será mais visível. Porque cremos assim? Será que é por alguma idéia preconcebida que tentamos impor ao texto? Certamente não! Cremos apenas por ser essa a interpretação que julgamos mais adequada ao conjunto dos textos Sagrados. Compreendendo isso, na visão pré-milenista realmente Cristo reina até que todos os seus inimigos, gradualmente vão sendo postos debaixo dos seus pés. Sempre que uma pessoa se converte, isso é derrota dos demônios que tentavam segurar tal pessoa. Quando o anti-cristo e o falso profeta forem mortos, mais dois inimigos serão derrotados. Quando o Diabo for lançado no lago de fogo, mais um inimigo terá sido derrotado. Finalmente, quando houver a última ressurreição, será destruído o último inimigo que é a morte. O autor vê incongruências onde não há.
Essas explicações dão conta de muitas das questões levantadas pelo autor. Depois continuo.
Graça e Paz, meu amigo.
Mac
ResponderExcluir...Continuando
O autor sugere que os pré-milenistas afirmam que os habitantes do mundo, no milênio serão os rebeldes seguidores da Besta. De onde ele tirou isso? Deveria haver um limite para a má representação dos pré-milenistas. Nunca ouvi ou li tal afirmação, a Bíblia é clara em dizer que os inimigos serão mortos. Habitarão a Terra no milênio, aqueles que não se deixaram marcar, mas que conseguiram sobreviver escondidos, e todos aqueles que forem considerados incapazes de decisão (crianças, por exemplo). Obviamente, a população da Terra será, num primeiro momento, muitissimo menor que a atual. O castigo dos seguidores da Besta, no texto bíblico, é imediato, e foi sempre assim que os pré-milenistas disseram. O autor cria um homem de palha. Várias das questões desse autor se fixam a essa afirmação errada. Esse é o tipo de texto que, em vez de tentar convencer os pré-milenistas, apenas irrita-os. Não creio que esse autor contribua para um debate mais elevado.
O autor fala também de “uma absurda rebelião no fim do milênio”. É sim absurdo, mas não é incomum que, se existirem seres sujeitos ao pecado, eles se rebelem contra Deus. Adão e Eva eram sem pecado e caíram, durante toda a história, mesmo em momentos em que Deus mostrou claramente o seu poder, houve rebelião.
O autor considera absurdo que os rebelados tentem lutar contra Cristo e seus santos. Absurdo é, mas não é incomum. Foi absurda a atitude dos descendentes de Adão de se entregarem ao pecado contra Deus enquanto Adão ainda estava vivo, e poderia testemunhar da enorme perda que sofreu por causa do seu pecado. Foi absurda a rebelião em Babel, enquanto Noé e seus filhos ainda estavam vivos, e poderiam testemunhar da destruição do mundo todo, e de sua salvação miraculosa. Foi absurda a atitude de Faraó, quando até os seus magos reconheciam que ele estava se defrontando contra Deus. Foi absurda a rebelião de Israel contra Moisés, após tantos sinais espantosos. Foi absurdo o pecado insistente de Sansão, ele próprio a prova viva do poder de Deus. Foi absurdo o caminho de pecado de Joab, ele mesmo um dos valentes de Davi, que operavam poderosamente pelo poder do Espírito. Foi absurda a insistência no pecado do povo de Israel, mesmo vendo os sinais poderosos operados pelos profetas. Foi absurda a rejeição do Messias, após ter dado todos os sinais de que era realmente o Esperado. Foi absurda a rejeição ao evangelho, mesmo havendo provas incontestes da ressurreição de Cristo. A história da humanidade tem sido seguidamente uma seqüencia de rebeliões absurdas. Realmente, o autor tem razão nisso, é absurdo. Mas de forma nenhuma é incomum...
Continuo...
Caro Renato,
ResponderExcluirVou esperar pela finalização da sua fala para tecer meus comentários.
A única coisa que peço de antemão é que você mostre evidências bíblicas de que os santos de Mt 27:52 ressuscitaram com corpos glorificados e foram assuntos ao céu.
Abraço,
Mac.
Boa noite Mac
ResponderExcluirBom, infelizmente não será muito rápido dar resposta a todas as questões. Estou mais ocupado agora do que estava antes. Mas, aos poucos, irei respondendo.
Quanto à questão dos que ressuscitaram a Bíblia não dá nenhuma indicação de como foi sua ressurreição. Mas é possível tirar algumas conclusões.
1. Quando Lázaro foi ressuscitado, os líderes religiosos ficaram preocupados, pois essa seria uma evidência forte demais em favor de Yeshua. A ressurreição do próprio Ungido eles negaram com suborno (muito dinheiro) e fraudes. Como ficariam desesperados pela ressurreição de um grande número de pessoas! Seria uma evidência grande demais! Mas isso não foi problema. Narra-se que estes que ressuscitaram, entraram na cidade e apareceram a muitos. Mas não há mais notícias deles. Sumiram da história e das páginas da Bíblia. Se estavam enterrados perto de Jerusalém, supõe-se que era lá perto que viviam antes de morrerem. Para onde foram?
2. Ao defender a doutrina da ressurreição, Paulo fala de mais de 500 pessoas que haviam visto Jesus, muitas das quais estavam vivas nessa época, desafiando seus leitores a comprovarem isso. Qualquer um poderia ir à Judéia, onde estariam a maioria dessas testemunhas. Mas nada fala daqueles santos que ressuscitaram após a morte de Cristo. Teriam todos tornado a morrer? Para onde foram?
3. Ao disputarem com as autoridades, os crentes poderiam sempre citar os santos ressuscitado, que estariam entre eles, como prova de que Yeshua era o Ungido. Afinal, foi no dia em que ele morreu que eles ressuscitaram. Eles jamais são citados, não fazem parte das argumentações, nem jamais se narra que fizeram alguma coisa na história da Igreja primitiva, ninguém nunca fala deles. Não participaram de nada? Nenhum deles atuou na obra, como missionário, ou mestre ou profeta ou diácono? Aparentemente, tão rápido quanto vieram, se foram.
Realmente, a Bíblia não fala que tipo de ressurreição eles tiveram. Mas parece de todo improvável que tenha sido como a de Lázaro. Deste se diz que muitos foram vê-lo, pois o fato foi impressionante. Daqueles, nem isso se fala.
Considerando que Enoque e Elias, têm de ter corpos glorificados, pois eles não podem ressuscitar a hipótese de que os santos ressuscitados tiveram seus corpos glorificados não pode ser descartada. E, se essa hipótese não pode ser descartada, e a hipótese alternativa parece extremamente improvável, é quase impossível fugir à conclusão.
Graça e paz Renato.
ResponderExcluirTambém está grande a correria pra mim. Fico imaginando se tivesse mais uns cinco como você que comentasse aqui no blog... Teria que me aposentar por insalubridade, rsrsrs.
Então, vamos colocar alguns pingos nos is.
Primeiramente, é válido ressaltar que o autor é pós-milenista, então, como você deve saber, eu, como amilenista, não compactuo com algumas pressuposições dele.
Quando o autor do artigo afirma que só há uma ressurreição, acho que ele está se referindo àquela para a vida eterna, em distinção a de Lázaro e demais casos pré-segunda-vinda.
Outrossim, você pode me dizer em qual parte do artigo o autor diz que os pré-milenistas não crêem que Cristo já reina, pelo menos em algum aspecto? Pelo que li e entendi, ele afirma que nem Cristo nem os apóstolos ensinaram um milênio nos moldes do pré-milenista, o que é diferente da sua afirmação.
Você disse: "O autor sugere que os pré-milenistas afirmam que os habitantes do mundo, no milênio serão os rebeldes seguidores da Besta. […] Habitarão a Terra no milênio, aqueles que não se deixaram marcar, mas que conseguiram sobreviver escondidos, e todos aqueles que forem considerados incapazes de decisão (crianças, por exemplo)."
Consultei alguns comentários de pré-milenistas que tenho comigo e, de fato, não encontrei o que o autor sugere nas perguntas 14, 15 e 16, conforme ressaltado acima por você. Mas acho possível que esteja dessa forma no imaginário do “povão”, devido ao entendimento raso que a pessoa comum costuma ter do pré-milenismo.
Concordo com você, segundo o raciocínio pré-milenista, e levando em conta os exemplos por você citados, que não seria incomum que uma rebelição acontecesse, mas aqui eu penso que já é especulação, com pouca ou nenhuma evidência bíblica para dar mais luz à questão.
Sobre essa questão de Mt 27:52, primeiramente, seu argumentação é baseada no silêncio.
Também posso argumentar dessa forma, dizendo que, por serem várias as pessoas que ressuscitaram, os líderes religiosos foram impossibilitados de agir e, nesse caso, a melhor coisa a fazer era ficar quieto.
Do fato deles terem aparecido a muitos bem podemos concluir que não ficaram mudos, mas testemunharam do que lhes havia acontecido, e se, além disso eles também estavam com corpos glorificados, não seria da mesma forma algo tão ou mais digno de ser mencionado no restante no novo testamento?
Agora, o que dá a possibilidade sim, de que aquela ressurreição foi como a de Lázaro – a saber, não com corpos glorificados, nem para a vida eterna –, é que alguém – tirando Jesus – só pode ter um corpo glorificado após a segunda vinda de dEle, ou seja, é uma característica específica do fim dos tempos.
Paulo diz em 1Co 15:22-23 (grifo meu):
22 - Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados.
23 - Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem.
Ainda, nos vs. 51 e 52:
51 - Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados,
52 - num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados.
Pode-se ainda adicionar 1Ts 4:13-17 em reforço ao elo inquebrável da ressurreição/glorificação/segunda-vinda.
Em Jo 11:24, Marta cria que Lázaro, seu irmão, ressuscitaria no último dia, e nisso está implícito que era para a eternidade, quando a morte já não teria mais poder sobre seu irmão. Assim, a ressurreição com corpo glorificado se dá apenas no último dia.
Ainda, esse tipo de ressurreição com corpo glorificado se dá no contexto de julgamento, e este acontecesse apenas no fim dos tempo, conforme Jo 5:28,29.
Aqui já temos a base clara para a ressurreição com corpos glorificados se dando única e exclusivamente na segunda vinda de Cristo.
Abraço.
Prezado Mac
ResponderExcluirBom, primeiro desculpe pela demora.
A ordem dada na Bíblia para a ressurreição pode perfeitamente ser uma verdade geral, mas não necessariamente absoluta. Realmente, seguindo o ensino da Tanach, os judeus esperavam a ressurreição para o tempo final, e esse também é o ensino no NT. Mas isso não prova que não possam haver exceções. Considerando que Enoque e Elias devem ter corpos glorificados sem terem ressucitado, não parece haver nenhum impedimento absoluto para que outros possam ter corpos glorificados depois ao terem ressucitado.
Quando me referi ao silencio sobre os santos ressurretos, realmente a ressurreição em corpo glorificado deve ser algo mais impressionante que uma ressurreição no corpo atual. Mas um ressurreto em corpo glorificado seria uma prova muito mais fraca, pois ele iria embora, e ficaria apenas o testemunho de quem o tivesse visto antes de ir. Já alguém que ressucitasse no seu corpo comum, poderia ser visto por muitos, pois ficaria muitos anos. É um argumento de silêncio, realmente, mas pe um silêncio estranho se essas pessoas ficaram na igreja. A própria expressão "apareceram a muitos" sujere uma passagem não permanencia.
Desculpe, o último comentário deve ter saído com o nome da minha mulher.
ResponderExcluirO autor diz:
"Se o reinado de Cristo se processa até a destruição do último inimigo que é amorte, como dizem os pré-milenistas que este reinado começará após a Segunda Vinda,quando bem sabemos que é exatamente por ocasião da Segunda Vinda que a morteserá destruída?"
Ora, os pré-milenistas não dizem que o reinado só começará na segunda vinda, pelo menos os que eu conheço. O que nós dizemos é que o reinado passará a ter um caráter diferente, pois haverá uma restauração parcial da natureza, entre outras coisas. Num certo sentido, parecerá mais com o mundo ante-diluviano, neste aspecto da natureza e da extensão da vida das pessoas.
Quanto à pergunta do autor sobre quanto eras existem, vejo nisso apenas retórica. Existirão os novos céus e nova terra, isto é o mundo vindouro. Em oposição a isso, tudo mais é era presente. Por outro lado, dentro da era presente, tem havido mudanças drásticas e espantosas. O mundo antes da queda era extremamente diferente do atual, e o mundo dos ante-diluvianos também. Não só as mudanças foram drásticas, mas eventos drásticos ocorreram, como o dilúvio e a saída dos israelitas do Egito, por meio de sinais espantosos de Deus e o próprio ministério do Messias. Se o argumento do autor é que nada na era presente pode ser muito diferente do que é hoje, o passado prova o contrário. A era presente, isto é, tudo que vem antes do mundo vindouro, tem sido bastante variado. Diante das variações que já ocorreram, o milênio não seria algo incrível.
ResponderExcluirQuanto ao fato de Jesus não ter ensinado sobre o milênio, ele não ensinou toda a doutrina (ou, pelo menos, não está registrado). Caso todo ensino de Deus estivesse registrado nos evangelhos, nada mais precisaria ser escrito.
ResponderExcluirQuanto a ser um retrocesso ou não os santos glorificados reinarem na Terra, isso não é comigo. Se Deus achar que assim é melhor, não vejo problema. Os santos glorificados são como os anjos.
E os anjos não se recusam a ministrar entre os homens nesta Terra.
Quanto à questão 23, nós pré-milenistas não interpretamos isso como o juízo final, mas como o julgamento daqueles que sobreviverem à grande tribulação. As outras questões até a de número 23 me parecem repetitivas. Suponho que eu respondi todas, pelo menos em essência. Se você julgar que alguma das questões na se encaixa nas minhas respostas, respondo especificamente.
Da questão 24 em diante, não está aparecendo na minha tela. É estranho, pois antes apareceu.
Um abraço, e até mais. Fique na Paz de Deus.
Graça e paz Renato.
ResponderExcluirO problema com Elias e Enoque é que não há ensino normativo sobre transladação, diferentemente do que acontece com a ressurreição. Na minha opinião não dá pra comparar o caso deles.
Se a expressão "apareceram a muitos" sugere uma não permanência no local, isso se dá pelo fato deles, em vida, morarem em locais diferentes. Seria natural que, ao ressuscitar, voltassem para suas casas.
Quanto as questões do autor do artigo as quais você contra-argumentou, não tenho nada a acrescentar. Ainda que eu discorde da posição pré-milenista em geral, aceito sem problemas a defesa feita por você.
Abraço.
Mac
ResponderExcluirDesculpe ficar tanto tempo sem comentar.
Encontrei o texto em outro endereço, e começarei a responder as outras questões:
"28.Por que os discípulos deveriam almejar um reinado milenar na terra quando o que Jesus lhes prometeu foi um lar celestial? O que Jesus prometeu foi voltar para levá-los para si ou voltar para ficar com eles, constituindo um reino aqui na terra?"
Os prémilenistas não o são por fazerem questão de um reino milenar nesta terra. O são por acreditarem que essa doutrina é a que se encaixa melhor ao conjunto de textos.
continua...
"29.Onde é que Pedro disse que se cumpriria a promessa de justiça na velha terra ou nos novos céus e terra?"
ResponderExcluirQue pré-milenista discorda disso?
"30. Se Jesus declarou que seu reino não era deste mundo, por que ele teria de voltar para reinar na Terra?
ResponderExcluirTambém está escrito que a própria natureza geme, esperando a redenção. A compreensão do autor de "o meu reino não é deste mundo" parece excluir qualquer coisa que não seja espiritual. Mas então eu pergunto: para que a ressurreição em um corpo capaz de interagir com um universo físico?
"31. Qual seria a duração do Reino de Cristo de acordo com as profecias do Antigo e Novo Testamentos?"
ResponderExcluirO autor parece supor que os pré-milenistas entendem que o milênio "é o Reino de Deus". O Reino de Deus estava presente no ministério de Jesus, está presente hoje, estará presente no milênio e estará presente na Eternidade.
"32. Onde está o trono do Rei Jesus na terra ou no céu?"
ResponderExcluirO Trono está nos céus, desde que Cristo foi ressucitado (e, na verdade, na Eternidade). Nós também estamos assentados em espírito com Cristo. Quando Jesus voltar (e muitos amilenistas acreditam que ele voltará), ele não deixará de estar assentado em Espírito no seu trono celestial. Ele ficar aqui na Terra por um minuto, um dia, ou mil anos, não o impedirá de estar assentado em seu trono.
"33. Por que nem mesmo Apocalipse 20 descreve Jesus fisicamente reinando em um trono na cidade de Jerusalém e por que o Apocalipse diz que Jesus precisou ser arrebatado da terra para chegar ao seu trono celeste para reger as nações com vara de ferro?"
ResponderExcluirAlgum pré-milenista nega que Jesus assentou-se à direita do Pai após ressucitar?
Um abraço, Mac.
ResponderExcluirE depois continuo.
Fique na Paz do Eterno Salvador.
Grande Renato.
ResponderExcluirDesculpas aceitas, até porque entendo o seu lado, rsrs.
Rapaz, chega uma hora que fica complicado manter um blog, sobretudo se você quiser que ele tenha alguma relevância. Haja tempo.
Ô.o'
Mas, quanto aos pontos levantados por você:
Na pergunta 29, conquanto que seja verdade que pré-milenistas não discordam que a promessa de justiça se cumpra nos novos céus e terra, contudo, qualquer pré-milenista aceita que no milênio haverá uma justiça que excederá consideravelmente – politica e espiritualmente - a atual. Esse não é um conceito de justiça sobremaneira?
Na 30, creio que o autor se refere à ênfase pré-milenista em um reino nos moldes daquele que os fariseus também esperavam. Concordo com você que não é bíblico dicotomizar a esfera espiritual da material, como o primeiro sendo bom e o segundo mal (isso é paganismo grego de séculos atrás).
Então, sempre em alguma proporção o físico faz parte do reino de Deus. Aqui, acho que a grande diferença reside no fato de que, para o pré-milenismo, esse reinado de Jesus após sua volta se dá em uma terra não redimida (no milênio, o pecado e morte ainda existem, etc.), diferente do que o amilenismo defende.
Na 31, penso que ele está se referindo ao reino milenar, que os pré-milenistas afirmam durar mil anos, segundo Ap 20. Mas nesse caso, conheço pré-milenistas que estão abertos para o fato de “mil anos” não ser literal, ou seja, um número fixo de tempo.
Na 32 e 33, entendo suas colocações. Sei que Jesus, na qualidade de Deus (onipresença), pode estar em vários lugares ao mesmo tempo, porém, particularmente acho esse conceito estranho quando, na prática, o aplicamos em pessoas redimidas em comunhão direta com o Cristo visível em um espaço, em detrimento do mesmo Cristo estar a destra de Deus ao mesmo tempo em outra posição.
Apesar de ter poder para fazê-lo, penso que Cristo, ou está num lugar (com seu corpo glorificado) ou não está. Por isso, repito, acho esse conceito estranho às Escrituras, o que inviabilizaria um milênio terrestre, uma vez que Seu trono não está (nem pode estar) na terra, conforme aquela idealizada pelos pré-milenistas. Diferentemente, nos novos céus e nova terra não haverá essa distinção de espaço entre os que vivem no céu e os que vivem na terra, pelo menos assim eu creio.
Um abraço Renato.
Que o Espírito seja contigo.