Importante: O texto a seguir é de autoria do Rev. William J. Grier (1868-19??).
Dionísio de Alexandria, cognominado "o Grande", nasceu aproximadamente no ano 190, da nossa era, e morreu em 265. Educado para seguir uma profissão secular, com brilhantes perspectivas de riqueza e fama, converteu-se à fé cristã e, então, pôde dizer:
Dionísio de Alexandria, cognominado "o Grande", nasceu aproximadamente no ano 190, da nossa era, e morreu em 265. Educado para seguir uma profissão secular, com brilhantes perspectivas de riqueza e fama, converteu-se à fé cristã e, então, pôde dizer:
"O que era ganho para mim considerei como perda, por amor de Cristo."Eusébio, em sua "História Eclesiástica", nos fala de duas obras de Dionísio sobre "As Promessas". Foram escritas para combater o ensino de Nepos, um bispo do Egito, que afirmava deverem as promessas bíblicas ser compreendidas mais de acordo com a forma pela qual as entendiam os Judeus. Nepos "supunha que haveria um certo milênio de luxo e sensualidade aqui na terra." Para afirmar sua opinião, escreveu um tratado a respeito do Apocalipse, tratado esse fortemente combatido por Dionísio em suas duas obras relativas às Promessas. Na segunda dessas obras, ele menciona Nepos (já então falecido) e a grande ênfase de seus seguidores ao trabalho que escrevera acerca do Apocalipse, no qual ensinava a existência, no futuro, de um reino de Cristo na terra. Dionísio fala de sua sincera estima e grande consideração por Nepos, em virtude de sua fé, sua capacidade de trabalho, seu devotamento ao estudo das Escrituras e a maneira pela qual tinha deixado este mundo. Contudo, diz ele, a verdade tem de ser honrada e amada acima de tudo. Sentia-se, por isso, coagido a opor-se aos pontos de vista de Nepos. Declara que em Arsinoe, onde tal doutrina prevalecia, provocara "cisões e apostasias de igrejas inteiras."
Conta-nos Dionísio que visitou Arsinoe. E...
"... depois de haver convocado os presbíteros e mestres dos crentes nas aldeias, estando presentes os irmãos que quiseram comparecer, eu os exortei a examinar a doutrina em público. Quando apresentaram o livro de Nepos sobre o Apocalipse como uma espécie de armadura e fortaleza inexpugnável, sentei-me com eles durante três dias, da manhã à noite, procurando refutar o que nele se continha."Dionísio presta homenagem à inteligência e ao espírito dócil daqueles irmãos e demonstra de que maneira, sensata e conciliadora, discutiu com eles, não tentando eximir-se de responder a objeções e procurando, tanto quanto possível, manter-se dentro do assunto. O objetivo supremo era que a verdade prevalecesse e todos recebessem o estabelecido nas doutrinas das Escrituras Sagradas. Afinal, o fundador e líder da doutrina, Corácio, na presença de todos os irmãos, em alto e bom som, "confessou e declarou" que não mais aceitaria aquela doutrina, pois havia ficado plenamente convencido pelos argumentos opostos - no que se regozijaram os outros irmãos presentes.
Se não conseguimos ter o mesmo tato e o mesmo espírito conciliatório de Dionísio, ao apresentar o nosso trabalho, sinceramente pedimos desculpas. Mas, em verdade, cremos que muitos dos nossos amados irmãos no Senhor, que divergem de nós nos assuntos ventilados neste livro, estudarão de novo a sua posição. Por anos a fio, durante toda a vida, talvez tenham ouvido pregadores repetir o assunto: um reino terreno de mil anos, centralizado em Jerusalém, e o que têm lido sempre seguiu a mesma linha. Agora, no entanto, se lhes apresenta um outro ponto de vista, que cremos seja o das Escrituras, dos Reformadores e dos Puritanos. Que ele conquiste a aceitação de nossos leitores!
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