Importante: O texto a seguir é de autoria de Anthony A. Hoekema (1913/1988), teólogo cristão que atuou como professor de Teologia Sistemática no Calvin Theological Seminary por vinte e um anos.
O termo “escatologia” origina-se de duas palavras gregas, eschatós e lógos, e significa “doutrina das últimas coisas”. Geralmente, tem sido entendido como referindo-se a eventos que ainda virão a acontecer, relacionados tanto com o indivíduo como com o mundo. Com relação ao indivíduo, é dito que a escatologia se ocupa de assuntos tais como morte física, imortalidade, e o assim chamado “estado intermediário” - o estado entre a morte e a ressurreição geral. Com relação ao mundo, a escatologia é vista como tratando da volta de Cristo, da ressurreição geral, do juízo final e do estado final das coisas. Mesmo concordando em que escatologia bíblica inclui os tópicos acima mencionados, nós temos de insistir em que a mensagem da escatologia bíblica será seriamente empobrecida se nela não incluirmos a situação presente do crente e a fase atual do reino de Deus. Em outras palavras, a escatologia bíblica completa precisa incluir tanto o que podemos chamar de escatologia “inaugurada” [1] como a escatologia “futura” [2].
[1] Esta expressão é preferível à “escatologia realizada”. Ela se refere ao gozo presente de bênçãos escatológicas que o crente desfruta.
[2] Este termo designa eventos escatológicos que ainda são futuros.
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