...continuação.
Importante: O texto a seguir é de autoria do Rev. William J. Grier (1868-19??).
As Parábolas - Na parábola do trigo e do joio e na da rede (Mt 13:24-30, 36-43 e 47-50) o Senhor faz, conforme todos admitem, uma representação desta dispensação da graça, que termina com a Sua segunda vinda. No reino, o trigo e o joio têm de crescer juntos até a colheita, no fim do mundo. Então, haverá a separação. Todos os filhos do maligno, representados pelo joio, deverão ser eliminados da cena. Ao mesmo tempo que a maldição sobre os ímpios, recai a glória sobre os justos.
A Bíblia Scofield tenta evitar essa conclusão, mediante o seguinte comentário:
A parábola da rede também ensina que, no fim desta dispensação da graça, os ímpios serão lançados na fornalha de fogo (v. 49 e 50). É, realmente, um absurdo afirmar, como o fazem as notas Scofield, que o joio é conservado em feixes durante mil anos para só depois ser queimado.
A parábola das minas (Lc 19:11-27) mostra como, ao regressar o nobre, todos os servos, os fiéis como os infiéis, recebem a recompensa merecida, e ele dirá:
A parábola das dez virgens é semelhante às anteriores. Ela indica, igualmente, que a volta de Nosso Senhor é o grande final, a consumação de todas as coisas. Há algo que ela esclarece perfeitamente: quando o noivo chega, fecha-se a porta (Mt 25:10). Um dos piores aspectos do ensino da maioria dos pré-milenistas é a segunda oportunidade. Afirmam eles que não será senão depois do glorioso aparecimento final de Cristo que o grande grupo dos salvos será levado para Deus. Sustentam haver esperança de salvação depois do Senhor ter vindo para os Seus, quer durante o período de tribulação, quer durante o milênio. No entanto, as Escrituras declaram que quando Ele vier para os Seus a porta será fechada, finalmente, e para sempre.
A parábola dos talentos (Mt 25:14-30) apresenta o mesmo ensinamento. A vinda do Senhor trará gloriosa recompensa aos Seus servos fiéis e, ao mesmo tempo, terrível maldição e condenação para os "inúteis e maus".
O discurso do Monte das Oliveiras - Não temos nesta passagem o ensino acerca do "arrebatamento"? Não lemos aqui:
A cena do julgamento de Mateus 25 - Todas as nações serão reunidas perante o trono de glória de Cristo e ali separadas: ovelhas à Sua direita e bodes à esquerda. A seguir, lhes será determinado, respectivamente, vida eterna e castigo eterno. Parece claro tratar-se de um julgamento geral e final. Mas a maioria dos pré-milenistas o considera (como o fazem as notas Scofield) um julgamento de "nações vivas", como nações. O "teste" neste julgamento - declara Scofield - é...
A dificuldade na interpretação desta cena de julgamento gira, em grande parte, em torno do significado da expressão "todas as nações" (Mt 25:32). Por que deveria ela ter sentido diverso daquele que tem em alguns capítulos adiante:
O ambiente geral da cena demonstra tratar-se de julgamento de indivíduos e não de nações como nações. Quem poderia, jamais, pensar em nações sendo enviadas, como nações, a um castigo eterno ou a uma vida eterna? (v. Mt 25:46). E quem jamais ouviu falar de nações visitando doentes e presos?
Além disso, convém observar que, conquanto a palavra "nações" seja um substantivo neutro em grego, o pronome que vem logo a seguir é masculino.
Esta cena de julgamento assemelha-se notavelmente à descrita em Ap 20:11-15. Ambas dão ênfase à sua universalidade, assim como ao fato de tratar-se de um julgamento de obras - as obras evidenciando, está claro, a fé interior. Encontramos a mesma ênfase nas palavras do Senhor (Mt 16:27):
O chamado Credo de Atanásio é um excelente resumo da maior parte do que aprendemos dos ensinos de Jesus:
Além disso, quando serão julgados aqueles que - dizem - serão salvos durante o milênio? De conformidade com o quadro dos pré-milenistas, o julgamento dos santos já terá tido lugar e o dos ímpios é o único que terá ainda de ocorrer.
O Senhor Jesus ensina claramente que haverá um julgamento geral, universal, quando da Sua segunda vinda. Virá em forma visível e gloriosa. Para os ímpios isso significará juízo final, irrevogável. Para os santos não será a felicidade de um milênio mas, realmente, os céus dos céus, onde passarão a habitar - pois não disse Ele:
continua...
Importante: O texto a seguir é de autoria do Rev. William J. Grier (1868-19??).
As Parábolas - Na parábola do trigo e do joio e na da rede (Mt 13:24-30, 36-43 e 47-50) o Senhor faz, conforme todos admitem, uma representação desta dispensação da graça, que termina com a Sua segunda vinda. No reino, o trigo e o joio têm de crescer juntos até a colheita, no fim do mundo. Então, haverá a separação. Todos os filhos do maligno, representados pelo joio, deverão ser eliminados da cena. Ao mesmo tempo que a maldição sobre os ímpios, recai a glória sobre os justos.
"Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai." (v. 43)Isso não deixa lugar para um milênio na terra. O atual reino do Filho do Homem será seguido pelo reino eterno do Pai (como se vê em 1ª Co 15:24,25). Os justos e os injustos estarão juntos até o tempo da colheita, quando haverá completa e final separação. O fim desta dispensação trará condenação imediata e eterna aos ímpios, ao mesmo tempo que glória eterna aos justos.
A Bíblia Scofield tenta evitar essa conclusão, mediante o seguinte comentário:
"O ajuntar do joio em feixes para a queima não significa julgamento imediato. Ao fim desta época (esta dispensação), o joio é separado para ser queimado."Para responder a isso, basta-nos citar as palavras do próprio Senhor Jesus:
"Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo.Surge a pergunta: Por que motivo se mostra a Scofield tão ansiosa por livrar os feixes de joio do fogo em que o Salvador os figura como atirados? A resposta é: as notas Scofield ensinam que, depois da colheita, no fim desta época, haverá um milênio, em que multidões de não regenerados viverão sob o governo de Cristo e dos Seus santos. O Salvador, contudo, afirma que não haverá ímpios sobre os quais reinar, porquanto, ao terminar esta dispensação da graça, eles serão lançados na fornalha de fogo.
Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade.
E lança-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes." (Mt 13:40-42)
A parábola da rede também ensina que, no fim desta dispensação da graça, os ímpios serão lançados na fornalha de fogo (v. 49 e 50). É, realmente, um absurdo afirmar, como o fazem as notas Scofield, que o joio é conservado em feixes durante mil anos para só depois ser queimado.
A parábola das minas (Lc 19:11-27) mostra como, ao regressar o nobre, todos os servos, os fiéis como os infiéis, recebem a recompensa merecida, e ele dirá:
"E quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui, e matai-os diante de mim." (v. 27)Essa parábola esclarece que, quando o Senhor voltar, não apenas recompensará os Seus servos, mas também visitará os ímpios com o seu julgamento final. Seus inimigos serão mortos e nenhum será deixado para o que os pré-milenistas chamam de "falsa obediência", durante o suposto milênio.
A parábola das dez virgens é semelhante às anteriores. Ela indica, igualmente, que a volta de Nosso Senhor é o grande final, a consumação de todas as coisas. Há algo que ela esclarece perfeitamente: quando o noivo chega, fecha-se a porta (Mt 25:10). Um dos piores aspectos do ensino da maioria dos pré-milenistas é a segunda oportunidade. Afirmam eles que não será senão depois do glorioso aparecimento final de Cristo que o grande grupo dos salvos será levado para Deus. Sustentam haver esperança de salvação depois do Senhor ter vindo para os Seus, quer durante o período de tribulação, quer durante o milênio. No entanto, as Escrituras declaram que quando Ele vier para os Seus a porta será fechada, finalmente, e para sempre.
A parábola dos talentos (Mt 25:14-30) apresenta o mesmo ensinamento. A vinda do Senhor trará gloriosa recompensa aos Seus servos fiéis e, ao mesmo tempo, terrível maldição e condenação para os "inúteis e maus".
O discurso do Monte das Oliveiras - Não temos nesta passagem o ensino acerca do "arrebatamento"? Não lemos aqui:
"Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro."? (Mt 24:40)Note-se, contudo, que não se fala em "arrebatamento secreto". Sua vinda será exatamente o contrário disso. Virá como o relâmpago, será visível e a reunião dos Seus eleitos será feita "com grande clangor de trombeta" (Mt 24:26, 27, 30 e 31). Atentemos, outrossim, para os versículos 37-40:
"E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.Aqui existe não apenas uma comparação entre o dia de Noé e o de Cristo. Os resultados desses dois dias são também comparados. No dia de Noé, alguns ficaram em segurança e outros foram levados a uma destruição terrível. Assim ocorrerá quando Cristo vier: alguns serão conservados em segurança e outros sofrerão uma sentença tremenda. Sua vinda trará destruição aos que O rejeitaram. Mais uma vez, chamamos atenção para o fato de não se esboçar aqui lugar para um milênio na terra (após a Sua vinda), durante o qual pessoas não nascidas de novo viveriam sob o governo pessoal de Cristo e de Seus santos.
Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.
Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro."
A cena do julgamento de Mateus 25 - Todas as nações serão reunidas perante o trono de glória de Cristo e ali separadas: ovelhas à Sua direita e bodes à esquerda. A seguir, lhes será determinado, respectivamente, vida eterna e castigo eterno. Parece claro tratar-se de um julgamento geral e final. Mas a maioria dos pré-milenistas o considera (como o fazem as notas Scofield) um julgamento de "nações vivas", como nações. O "teste" neste julgamento - declara Scofield - é...
"...o tratamento dado pelas nações ao remanescente dos judeus, que terão pregado o Evangelho a todas as nações, durante a tribulação."W. E. Blackstone, autor do manual pré-milenista "Jesus is coming", por tal forma se impressionou com a obra dos judeus durante o período de tribulação, e com a luta que teriam, que armazenou caixas de Bíblias em cavernas do Edom, onde supunha eles haveriam de se esconder. Parece-nos suficiente dizer que tal interpretação do termo "irmãos", empregado no v. 40, não se ajusta à definição da palavra (dada por Cristo) em Mateus 12:49-50 (comparar com Mt 28:10).
A dificuldade na interpretação desta cena de julgamento gira, em grande parte, em torno do significado da expressão "todas as nações" (Mt 25:32). Por que deveria ela ter sentido diverso daquele que tem em alguns capítulos adiante:
"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os..." (Mt 28:19, v. também 24:14)Aí, "todas as nações" se interpreta como toda a humanidade. Por que lhe atribuir uma significação diferente em Mt 25:32? Em Romanos 16:26, onde Paulo diz que o mistério do Evangelho é tornado conhecido "a todas as nações", ele quer dizer todas as pessoas em geral. Por que não entender da mesma forma Mt 25:32?
O ambiente geral da cena demonstra tratar-se de julgamento de indivíduos e não de nações como nações. Quem poderia, jamais, pensar em nações sendo enviadas, como nações, a um castigo eterno ou a uma vida eterna? (v. Mt 25:46). E quem jamais ouviu falar de nações visitando doentes e presos?
Além disso, convém observar que, conquanto a palavra "nações" seja um substantivo neutro em grego, o pronome que vem logo a seguir é masculino.
"E todas as nações (neutro) serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros (masculino), como o pastor aparta dos bodes as ovelhas." (ACF)O uso do pronome masculino indica indivíduos e não nações.
Esta cena de julgamento assemelha-se notavelmente à descrita em Ap 20:11-15. Ambas dão ênfase à sua universalidade, assim como ao fato de tratar-se de um julgamento de obras - as obras evidenciando, está claro, a fé interior. Encontramos a mesma ênfase nas palavras do Senhor (Mt 16:27):
"Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras."A mesma nota é patente nas solenes palavras:
"Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz.Ao som da mesma voz, ouvida ao mesmo tempo, todos sairão dos túmulos para o julgamento. Nenhum dos Seus ouvintes, por maior que fosse o esforço de imaginação que fizesse, poderia compreender as palavras de Jesus como significando dois julgamentos separados por mil anos.
E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação." (Jo 5:28,29)
O chamado Credo de Atanásio é um excelente resumo da maior parte do que aprendemos dos ensinos de Jesus:
"Subiu ao Céu, está assentado à mão direita de Deus Pai, Todo Poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. À Sua vinda todos os homens se erguerão de novo com os seus corpos e darão conta dos seus atos."Não se diga que toda esta discussão tem pouca importância. A idéia dos ímpios serem convocados à presença de Deus mais de mil anos depois dos justos leva, no mínimo, à diminuição do "terror do Senhor", um terror que as Escrituras repetidamente associam à Sua vinda, ao soar da última trombeta para o grande julgamento final e universal.
Além disso, quando serão julgados aqueles que - dizem - serão salvos durante o milênio? De conformidade com o quadro dos pré-milenistas, o julgamento dos santos já terá tido lugar e o dos ímpios é o único que terá ainda de ocorrer.
O Senhor Jesus ensina claramente que haverá um julgamento geral, universal, quando da Sua segunda vinda. Virá em forma visível e gloriosa. Para os ímpios isso significará juízo final, irrevogável. Para os santos não será a felicidade de um milênio mas, realmente, os céus dos céus, onde passarão a habitar - pois não disse Ele:
"[...] Vou preparar-vos lugar.Regozijai-vos, salvos. Vós, pecadores impenitentes e descuidados mestres de religião, alertai-vos. Cristo virá e a porta será fechada. A sentença será pronunciada: eterna bem-aventurança ou desgraça eterna.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também."? (Jo 14:2,3)
continua...