quarta-feira, 29 de abril de 2009

Terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo?

...continuação.

IMPORTANTE: O texto a seguir é de autoria de Harald Schaly, falecido pastor batista e mestre do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (no Recife).

Paulo fez a pergunta e dá a resposta: “De modo nenhum” (Rom. 11:1). Deus reservou para si um remanescente, assim como, no tempo de Elias, reservou para si sete mil varões (Rom. 11:4).
“Assim, pois, também no tempo presente ficou um remanescente segundo a eleição da graça” (Rom. 11:5). “Pois quê? O que Israel busca, isso não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram; e os outros foram endurecidos” (Rom. 11:7).
O profeta Isaías, falando da destruição de Jerusalém e do exílio babilônico, já nos mostra um precedente:
“Um resto voltará; sim, o resto de Jacó voltará para o Deus forte. Porque ainda que teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um resto dele voltará...” (Is. 10:21,22).
O apóstolo Paulo cita esta passagem e a aplica à situação então existente (Rom. 9:27).
Esse remanescente, que, com Elias, atingira o número de sete mil, quando Paulo escreveu esta carta já atingira a soma de dezenas de milhares de judeus cristãos (At. 21:20). E estes perpetuaram o Israel verdadeiro, desde então o único Israel de Deus, que, na linguagem figurada de Paulo, formavam, agora, a verdadeira oliveira, da qual os ramos endurecidos “foram quebrados pela sua incredulidade” (Rom. 11:20) e na qual os gentios, conforme iam crendo em Jesus, estavam sendo enxertados, tornando-se “participantes da raiz e da seiva da oliveira” (Rom. 11:17). Os demais judeus, que, como ramos, foram quebrados, poderiam também ainda ser enxertados, se não permanecessem na incredulidade (Rom. 11:23). Paulo era um desses ramos que foram quebrados, por sua incredulidade, mas que foi enxertado na oliveira verdadeira, quando se converteu, e assim esperava ver se, de algum modo, poderia incitar à emulação os do seu povo e salvar alguns deles (Rom. 11:14).
Mas, quanto aos judeus descrentes, aplicar-se-ia novamente o que Deus, por intermédio dos profetas, disse em ocasião anterior:
“Desampararei os restantes da minha herança, e os entregarei na mão de seus inimigos; tornar-se-ão presa e despojo para todos os seus inimigos” (2ºReis 21:14,15).
... o que já ocorrera, com a primeira destruição do Templo, pelos babilônicos, e ocorreria, novamente, com a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. pelos romanos.
Deus não rejeita os judeus que não permanecem na incredulidade, mesmo depois de terem-se fechado ao cristianismo. Aqui temos nomes de judeus convertidos que se destacaram na história até os nossos dias:
“Os primeiros quatorze bispos da Igreja em Jerusalém foram judeus convertidos. Hegésipo, o historiador do segundo século, era um judeu convertido. Nicolau de Lyra, do décimo quinto século, era um judeu convertido. Neander, famoso historiador eclesiástico, era um judeu convertido. Helmuth Huron, filho de um rico banqueiro, e que muito contribuiu para a promoção da educação, era um judeu convertido. O bispo anglicano Schereschewsky, que se tornou um dedicado missionário na China, tradutor e inventor de uma máquina de escrever chinesa, era um judeu convertido. Ginsburg, o hebraísta; Pascal, o cientista; Edersheim, o comentarista bíblico, eram judeus convertidos. Não iremos citar cerca de cinqüenta nomes de judeus famosos que temos em mão, mas só alguns mais conhecidos, como Mendelssohn, Meyerbeer, Offenbach, Rubinstein, músicos famosos e judeus convertidos. Herschell, atrônomo; Rosa Bonheur, pintora; Lord Beaconsfield e Lord Herschell, Primeiro Ministro e Chanceler Britânico, respectivamente; Joseph Pulitzer, e muitos outros. Ainda que desses talvez nem todos fossem genuinamente convertidos, eram judeus que professavam o cristianismo.” [6]
Aqui no Brasil, os batistas devem muito a Salomão Ginsburg, que era um judeu convertido. Se houve, através da história, tantos judeus cristãos de renome, quantos milhares ou milhões de judeus desconhecidos não teriam se convertido genuinamente e sido absorvidos no cristianismo!? Disso não duvidamos. E esperamos que possa ocorrer ainda um grande número de conversões entre os judeus, antes da volta de Cristo, e assumam a liderança da evangelização do mundo.
Diz a revista Das Auserwaehlte Volk (da Igreja Luterana de Buenos Aires, em cooperação com a Junta Americana de Missões aos Judeus):
“Precisamos trabalhar para que os judeus possam reconhecer sua responsabilidade sacerdotal, através da realização de seus ideais messiânicos, pois o destino de Israel está indissoluvelmente ligado a Cristo. No caminho ao Gólgota se apóia o futuro de Israel. Só depois de se reconciliarem com Jesus de Nazaré, e andarem no caminho que ele lhes determinou, livrar-se-ão das misérias de sua existência atual e se tornarão uma benção para a humanidade. Só em Cristo alcançarão, os judeus, novamente a sua missão perdida, com a possibilidade de liderança na luta, em que estamos empenhados, pela vitória da justiça sobre a terra.” [7]
Mas, quando Paulo escreve “E assim todo o Israel será salvo” (Rom. 11:26), devemos lembrar que nunca o verdadeiro Israel de Deus foi a totalidade dos israelitas, “Porque nem todos os que são de Israel são israelitas” (Rom. 9:6). E, se Paulo quisesse dizer que “todo o Israel” seria salvo, será que isso se referiria só à última geração, só aos israelitas que estivessem vivos por ocasião da vinda de Cristo? Seriam só estes todo o Israel?
Lemos ainda:
“Ora, se o tropeço deles é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude” (Rom. 11:12).
Plenitude não pode, como alguns querem, significar totalidade, mas refere-se à plenitude dos israelitas “segundo a eleição da graça” (v. 5, 7), pois no v. 25, logo adiante, lemos:
“... até que a plenitude dos gentios haja entrado”.
Não pode isso significar que a totalidade dos gentios se converterá, mas também aqui, só pode conotar a plenitude dos gentios eleitos pela graça.
Portanto, quando Paulo diz: “E assim todo o Israel será salvo”, refere-se ao verdadeiro Israel, espiritual, composto dos verdadeiros cristãos, tanto de procedência gentia como judaica. Este Israel, sim, será todo salvo, porque Jesus diz:
“Eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10:28).
Isso não quer dizer que Deus tenha agora despeito para com os judeus, mas que ele ama igualmente toda a humanidade, e não tem mais povo ou povos ou raças preferenciais, quer seja o povo brasileiro, inglês, alemão ou norte-americano, etc. Deus não age mais, quanto à formação do seu reino, com povo algum, coletivamente, mas com indivíduos dentre todos os povos.
O apóstolo Pedro, como toda a igreja primitiva, que era composta só de judeus cristãos, ainda pensava que Cristo havia vindo só para os judeus, e foi preciso uma revelação especial para ele ir à casa de Cornélio, que era gentio, e concluir, dizendo:
“Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é aceitável aquele que, em qualquer nação, o teme e pratica o que é justo” (At. 10:34, 35).
E Deus teve que operar um milagre na casa de Cornélio, dando uma manifestação perceptível do Espírito Santo, para que a igreja primitiva reconhecesse que ele aprova a recepção de gentios convertidos como irmãos em Cristo. Mas, assim mesmo, um grupo considerável deles, que foi denominado “judaizante”, ainda achava que o evangelho era só para judeus, e que o gentio, para se tornar aceitável a Deus, deveria não só aceitar a Cristo, mas tornar-se judeu por meio da circuncisão e da guarda da lei mosaica.
Nem o povo judeu nem os povos chamados cristãos são o povo de Deus, mas, sim, todos aqueles que são genuinamente crentes convertidos, tanto de procedência gentia como judaica. Estes, e só estes, formam “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido”, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. Que em outro tempo não eram povo, mas agora são povo de Deus; que não tinham alcançado misericórdia, mas agora a têm alcançado (1ª Ped. 2:9,10).
Portanto, Deus não tem dois povos escolhidos, mas um só Israel, e este é o Israel espiritual, composto de todos os genuínos crentes em Cristo, dentre todos os povos, raças e línguas, porque Jesus diz: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
Fritz May escreve: “Se Deus tivesse rejeitado o seu povo, então Israel como povo já há muito teria perecido.” [8]
Se Israel existe hoje como um povo inassimilável, é devido à sua atitude hostil para com Jesus.
O Israel temporal encerrou sua missão quando rejeitou Jesus, que era o descendente de Abraão, a quem, segundo Gálatas 3:16, “foram feitas promessas” e a quem Deus “constituiu herdeiro de todas as coisas” (Heb. 1:2). E o Israel espiritual é exclusivamente herdeiro, pois Paulo escreve: “E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme à promessa” (Gal. 3:29).
Dezenas de milhares de judeus se converteram e iam-se convertendo no período apostólico, mas, quando perceberam que os gentios estavam sendo aceitos como cidadãos do reino, em pé de igualdade, os judeus fecharam-se quase totalmente ao cristianismo, ao qual perseguiram, no seu início, na Judéia, e, depois, por toda parte onde os apóstolos pregavam o evangelho ou estabeleciam igrejas (ver At. 14:2,19; 17:5; 18:12; Ap. 2:9; 3:9; etc.)
Até hoje “a parede de separação que estava no meio”, a inimizade (Ef. 2:14), ainda não foi removida, pois, para o judeu praticante, Deus ainda “faz acepção de pessoas”.
Os judeus só não desapareceram porque o judeu praticante, ainda por convicções religiosas arcaicas, continua racista, e por isso é inassimilável por outros povos. Esta é a razão principal dos seus problemas internacionais, onde quer que se encontrem, e agora, também, no Estado de Israel.
Nota do MAC: Com base nesse último parágrafo, é válido salientar que tal afirmação não pode ser generalizada, ou seja, nem todos os judeus procedem dessa forma (embora eu tema que seja a maioria) e que os problemas de Israel não se resumem somente ao racismo. Talvez, hoje, esse nem seria o maior dos problemas de Israel.
O atual Estado de Israel, nas circunstâncias em que se encontra, precisa de apoio do mundo cristão, e, para não perdê-lo, precisa manter certa tolerância, mas não assegura a liberdade religiosa.
Segundo Fritz May, Schalom Bem Chorim, ao lhe ser perguntado se os judeus cristãos eram hostilizados, quanto às suas práticas e testemunho público, respondeu: “Lamentavelmente isso ocorre. Mas é preciso que se compreenda que, para o judeu comum... o judeu batizado ainda é considerado como traidor, como, de fato, os desertores do judaísmo foram considerados através dos séculos, e os maiores antisemitas foram judeus batizados.” [9]
Assim, por exemplo, em princípios de 1974, foram incendiados, em Jerusalém e no Monte das Oliveiras, diversos centros cristãos: o Centro Teológico do Instituto Luterano Sueco, o Centro das Comunidades Batistas, a Livraria da Missão Sionista.
E, quando o prefeito de Jerusalém prometeu compensação financeira a essas instituições cristãs, pelos prejuízos que sofreram, o prefeito foi, pelo telefone, ameaçado de morte. [10]
Mas não é só o judeu comum que hostiliza a liberdade religiosa em Israel: o Estado o faz também oficialmente.
Temos à mão dois artigos de jornais batistas dos Estados Unidos tratando das restrições religiosas legalizadas em Israel por uma lei de dezembro de 1977, confirmada em abril de 1978, que proíbe, sob pena de cinco anos de prisão, oferecer ou aceitar induções visando mudanças de religião.
Nota do MAC: Para informações atuais a respeito de Israel, acesse o site portasabertas.org.

“O Pastor Sakhnini, da Igreja Batista de Nazaré, diz: ‘Naturalmente nós somos contrários, também, se estas induções significam suborno por vantagens materiais.’ Mas, confirma ele: ‘Tudo o que fazemos é feito para influenciar pessoas a aceitar o evangelho, tanto a pregação como ensino e ajuda. O problema é a interpretação que possa ser dada a essa lei, que visa especificamente ao trabalho missionário evangélico. O rabino Yehuda Meir Abrahamowitz, membro do Knesset (Parlamento), que introduziu a lei, diz: ‘Há centenas de missionários trabalhando aqui; isso tem que parar.’”
“’O que significará indução nessa lei?’ pergunta o líder cristão. ‘Legalistas podem arrazoar que uma creche ou uma escola cristã que recebe crianças, tanto cristãs, árabes como judias, consistem em indução. A dádiva de um livro, a entrega de um folheto explicando o cristianismo poderá ser interpretado como indução para mudar de religião?’” [11]

Robert Lindsay, representante dos batistas do Sul dos Estados Unidos em Israel, diz: “... a intenção dos que promoveram esta nova lei é de dar fundamento legal à intimidação dos cidadãos cristãos residentes em Israel.”
Apesar de alguns jornalistas israelitas dizerem que essa lei é a primeira legislação antimissionária nos trinta anos da história do Estado de Israel, várias provisões legais já existem contra conversões. O Código Criminal existente trata da conversão de menores. Pessoas participantes de cerimônias que marquem mudança de religião de menores estão sujeitas a serem condenadas à prisão.
Referente a esse assunto, é mencionado um encontro de seis destacados líderes Batistas do Sul dos Estados Unidos com o embaixador de Israel nos EUA, Sincha Dinitz, que prometeu usar toda a sua influência para impedir embaraços aos cristãos afetados por essa lei. [12]
Portanto, particular e oficialmente, Israel ainda é intolerante para com o cristianismo, e “não agradam a Deus... e nos impedem de falar aos gentios para que sejam salvos” (1ª Ts. 2:15,16).

Chegamos ao final desta série de estudos sobre Israel pelo ponto de vista amilenista, por Harald Schaly.

[6] Christian Victory, p. 9, dezembro de 1966.
[7] Das Auserwaehlte, Igreja Luterana de Buenos Aires. Outubro de 1954.
[8] May, Fritz. Israel Zwischen Weltpolitik und Messiaserwartung, p. 69.
[9] Idem, ibid., p. 182.
[10] Christianity Today, p. 54. 10 de fevereiro de 1978.
[11] “Baptists Continue Protest Over Israel Law”, Arkansas Baptists News Magazine, fevereiro de 1978.
[12] Baptist Satandard, 20 de setembro de 1978.

4 comentários:

  1. Esse é um texto racista. O autor até que ia bem, dentro da ótica amilenista e disse até muitas coisas com as quais os pré-milenista concordam.

    Mas, de repentes, um soco no estômago. O autor disse esta "pérola":

    "Os judeus só não desapareceram porque o judeu praticante, ainda por convicções religiosas arcaicas, continua racista, e por isso é inassimilável por outros povos. Esta é a razão principal dos seus problemas internacionais, onde quer que se encontrem, e agora, também, no Estado de Israel."

    Vejamos, você exigiria isso de qualquer outro povo na terra? Você iria até um povo minoritário qualquer, dentro de qualquer nação, dizendo: "vocês são culpados por todo o mal que o povo majoritário faz contra vocês, pois vocês são diferentes, e gostam de ser como são. Seria obrigação de vocês desaparecerem como povo, sendo absorvidos pelo povo majoritário. E caso aconteça de nem todos vocês se tornarem "cristãos", é perfeitamente lícito que as forças armadas venham aqui e destruam todos vocês".

    Em tempos passados, "missionários" entre muitos povos se julgavam na obrigação de assimilá-los à "cristandade". Eles viam a "salvação" como algo cultural, e não pessoal. Baseados nessa falsa premissa, há uma história horrenda de massacres, ódio e genocídios, pelos quais muitos "cristãos" terão de responder no Juízo Final. Hoje, ninguém é aceito como missionário se não compreender que deve amar as pessoas dentro de suas próprias culturas. Aparentemente essa regra vale para todos os povos do mundo, com exceção dos judeus...

    Missionários entre todos os povos são pessoas que os amam, que jamais dizem "muitos deles não se converteram, e até fazem oposição a nós, espero que sejam destruídos". Não, o verdadeiro missionário só pode ser missionário se amar aquele povo incondicionalmente.

    Continua....

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  2. ...continua
    O autor distorce a história, e como sempre, contra os judeus. Durante séculos os judeus ficaram presos dentro de guetos, não por vontade própria, mas pela ordem dos príncipes. Quando o poder da ICAR começou a declinar, os guetos forma abertos na Europa (mas persistiriam os guetos nos países árabes). A partir daí, os judeus começaram a viver entre os gentios, estudaram muito, muitos se tornaram empresários, engenheiros, cientistas, artistas, artesãos, etc. De dentro da própria comunidade surgiram muitos pregando uma maior integração, o que levou ao surgimento de sinagogas bastante diferentes, o ramo liberal e o ramo reformado.

    Pois bem, foi nessa época de maior integração (na idade média, presos dentro de guetos, não poderia haver integração) que surgiu o nazismo. A desculpa era que os judeus não estavam integrados. A realidade é que, integrados, eles obtinham mais sucesso.

    O autor diz que os judeus deveriam ter se assimilado aos povos circundantes. No oriente eles deveriam ter se assimilado ao islã? Na Europa medieval eles deveriam ter se assimilado ao papismo, marianismo, idolatrias e práticas de compra de salvação? Nos países comunistas deveriam ter se assimilado ao comunismo ateu? Na Alemanha e países anglo-saxões deveriam ter se assimilado a doutrinas supremacistas brancas? É verdade, muitos se assimilaram às doutrinas do mundo, doutrinas malignas, nascidas no inferno. Mas certamente isso não lhes resultou em bem espiritual.

    Aqueles que dizem que os judeus não são diferentes de qualquer povo, tratam-no diferente de qualquer povo, exigem deles o que não exigiriam de nenhum outro.

    Há realmente uma parede de separação. Por uns trinta ou quarenta anos, certos líderes judeus perseguiram os cristãos (embora os pagãos romanos tenham matado muito mais cristãos que os judeus). E por quase dois MILÊNIOS os "cristãos" tem perseguido judeus, dando um "belo" exemplo do "amor cristão". É realmente uma grande parede de separação, feita de inquisições, cruzadas, progrons e câmaras de gás.

    Eu diria que pessoas como esse autor são o principal motivo de muitos judeus não quererem nem ouvir falar de Jesus, que eles julgam ser uma pessoa que os odiava. Afinal, é isso que os "discípulos" dele expressam. E há toneladas de páginas de história provando isso.

    "Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito". Uma lição que a maior parte da cristandade ainda tem de aprender.

    Continua...

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  3. ...continua

    Quanto à questão da assimilação, tenho mais algo a dizer:

    Não concordo com o multiculturalismo, da forma como é o seu discurso, que implica em subserviência da maioria às minorias. Mas, tão errado quanto ele, é o discurso da assimilação forçada das minorias. A diversidade é dom de Deus, e era o seu propósito ao ordenar que os homens se espalhassem pela Terra. A distância, as diferentes condições de cada lugar, a deriva genética, os mecanismos de formação lingüística, necessariamente fariam com que surgisse a diversidade. Os homens se rebelaram, e permaneceram juntos contra a vontade de Deus. Então o Eterno forçou a situação, criando prematuramente a diversidade lingüística, para obrigá-los a se separarem. Já neste início, vemos que a diversidade veio de Deus, a massa amorfa sem diversidade, veio do Diabo através de Ninrode, seu instrumento.

    Graça e Paz, meu irmão.

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  4. Graça e paz Renato.

    Você disse: "vocês são culpados por todo o mal que o povo majoritário faz contra vocês, pois vocês são diferentes, e gostam de ser como são. Seria obrigação de vocês desaparecerem como povo, sendo absorvidos pelo povo majoritário. E caso aconteça de nem todos vocês se tornarem 'cristãos', é perfeitamente lícito que as forças armadas venham aqui e destruam todos vocês."
    Sobre o que você disse acima, guardada as proporções, reconheço que o comentário do autor não foi dos melhores, sendo que até adicionei uma nota, como você deve ter notado.
    Eu, como cristão, amos os judeus, e acho que eles tém muito a nos ensinar. Também não quero desconsiderar a história tecendo uma argumentação arbitrária, sendo que, no geral, concordo com as suas colocações.
    Agora, não dá pra negar os dados que o autor reporta, e independente do motivo pelo qual os judeus são hostis, ou são vistos como tais, uma coisa é certa: terem rejeitado a Cristo não fez bem a eles, seja qual for a esfera.
    Quem dera pudéssemos nos alegrar já com uma aceitação maior deles pelo evangelho.

    Abraço.

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