...continuação.
IMPORTANTE: O texto a seguir é de autoria de Robert B. Strimple, professor de Teologia Sistemática no Westminster Theological Seminary.
Os pré-milenaristas têm, com freqüência visto essa passagem de Paulo não apenas meramente compatível com a doutrina pré-milenarista, mas também como apoio para aquela doutrina:
Aqueles que discutem que Paulo fala aqui da ressurreição de toda a humanidade insistem que a palavra “todos”, na oração (“todos serão vivificados”), deve ser tão inclusiva quanto o termo “todos” da primeira oração (“todos morrem”). Em outro lugar, porém, o apóstolo usa a palavra “todos”, cuja referência não é inclusiva; e ele pode usar esse vocábulo nas duas orações de uma mesma sentença, quando em apenas uma delas houver a referência inclusiva. Imediatamente, pensamos em Romanos 5.18, em que a linguagem de Paulo é, de forma notável, paralela a 1Coríntios 15.22: “Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens”. Embora o “todos os homens” na primeira frase seja inclusiva (excluindo apenas nosso imaculado Salvador), essa expressão repetida na segunda frase não pode ser todo-inclusiva, porque o contexto deixa claro que Paulo está aí falando daquela justificação que é para a vida eterna; e é contrário a teologia de Paulo dizer que todos os homens e mulheres recebem essa justificação, quer confiem em Cristo, quer não.[19]
Também, em 1Coríntios 15.22, quando Paulo fala de que “em Cristo todos serão vivificados” – o verbo e a frase preposicional são usados de forma coerente no NT para se referir a todas as mais elevadas e concebíveis bênçãos – devemos insistir que essa ressurreição que Paulo tem em vista no versículo 22 é para a vida eterna. Em parte alguma de 1Coríntios 15 a ressurreição dos ímpios é inserida no quadro.
O fundamento da interpretação pré-milenarista dos versículos 23 e 24 apóia-se na presença de dois advérbios (epeita e eita), “advérbios de tempo, denotando sucessão”[20] – os dois traduzidos por “então” na NVI. Discute-se que assim como “um intervalo não identificado” interpôs-se entre a ressurreição de Cristo e a ressurreição dos que pertencem a ele (um intervalo assinalado pelo advérbio grego epeita no v. 23), também “um segundo intervalo indefinido” intervirá entre q ressurreição dos crentes na vinda de Cristo e “o fim” (um intervalo assinalado pelo advérbio grego eita, no v. 24).[21] Esse intervalo é o reino milenar de Cristo, o reino de Cristo como distinto do reino do Pai. George Ladd escreve:
1) O contexto maior das cartas de Paulo (e o Novo Testamento em geral) mostra-nos que “o fim” não pode ser separado da segunda vinda de Cristo. Por exemplo, note como o apóstolo, no início dessa mesma carta aos Coríntios, concilia a revelação (apokalypsis) de nosso Senhor Jesus Cristo, o fim e o dia de nosso Senhor Jesus Cristo: “...Enquanto vocês esperam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado. Ele os manterá firmes até o fim, de modo que vocês serão irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7,8).
2) Olhando com mais atenção 1Coríntios 15, nos versículos 24-26, aprendemos que Cristo destruirá a morte, “o último inimigo”, no “fim”. Esse será o último ato que Cristo realizará quando colocar todos os inimigos debaixo de seus pés e “entregar o reino a Deus, o Pai”. Mas, observe que nos versículos 54 e 55, o apóstolo Paulo uma vez mais fala da futura vitória sobre a morte.
Portanto, devemos concluir que a vitória sobre a morte ocorrerá na ressurreição dos crentes (v. 54), que, por sua vez, acontecerá na vinda de Cristo (v. 23), e que essa vitória se dará no “fim” (v. 24-26). Assim, outra vez o “fim” não pode ser separado da segunda vinda de Cristo. Por conseqüência, a força do “então”, no versículo 24, precisa ser aquela do “imediatamente então”.
O pré-milenarismo argumenta que Paulo fala de duas vitórias sobre a morte nesse capítulo: uma preliminar, na vinda de Cristo e ressurreição de crentes (v. 54 e 55), e outra, final, após o milênio, na ressurreição e julgamento dos ímpios (v. 24-26). Nada há, porém, na linguagem do apóstolo que apóie esse raciocínio. O próprio Paulo não apresenta uma distinção entre a morte para crentes e outra para incrédulos. Nas duas partes ele fala simplesmente de “morte”, sem qualificação adicional. De fato, não há evidência de que Paulo tenha em mente a ressurreição dos ímpios em qualquer uma dessas passagens quando relata a destruição da morte, o último inimigo. Não seria bastante estranho que Paulo se alegrasse na ressurreição, julgamento e castigo final dos ímpios, como atos nos quais a morte será finalmente destruída? O fato é que a morte jamais é destruída até os maus serem afetados. Para eles, a ressurreição do corpo é somente o prelúdio do julgamento final e o que a Bíblia chama de “a segunda morte” (Ap 20.6).
O reino intermediário de Cristo alcança seu final culminante quando ele destrói o último inimigo, a morte, trazendo novamente seu povo à vida (v. 54 e 55), por ocasião de sua vinda (v. 23). Agora, se o “fim” acontece na vinda de Cristo, quando seu reino intermediário começa? O NT nos aponta claramente a ressurreição e glorificação de Cristo como o começo desse reinado (veja At 2.36; Ef 1.20-23; Fp 2.9-11; Hb 1.3; 10.12,13; 1Pe 3.21,22). Em Efésios 1.21, Paulo se vale das mesmas palavras gregas usadas em 1Coríntios 15.24 (arche, exousia e dynamis) e, na mesma ordem: “muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio”. Essa passagem de Efésios também nos fala que foi quando Deus “ressuscitando-o dos mortos” (v. 20), exaltou a Cristo para dar início a esse domínio e reinado.
Em 1Coríntios 15.24-27, o apóstolo alegra-se no domínio intermediário que Cristo está agora exercendo com o objetivo de pôr todos os inimigos sob seus pés. Esse reino será completado quando Cristo vier e “a última trombeta” assinalar o dia da ressurreição para o povo de Deus (15.52).[24] A transformação na ressurreição nos possibilitará herdar o reino de Deus – aquele final e eterno reino de Deus que aqui é contrastado com o reino intermediário de Cristo.[25] Quando Paulo fala claramente que Cristo um dia entregará o reino nas mãos do Pai (v. 24) “a fim de que Deus seja tudo em todos” (v. 28), ele não está contradizendo Pedro, que fala do “reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1.11). Devemos lembrar-nos que esse é especificamente o reino de Cristo de conquista sobre seus inimigos, que Paulo tem em vista em 1Coríntios 15. Quando essa conquista estiver completa e todo inimigo for destruído, essa espécie particular de reino terá alcançado seu fim. A história redentiva terá atingido sua dramática conclusão; cada propósito divino terá sido cumprido; e o Filho entregará ao Pai o domínio intermediário, que lhe fora dado com o propósito de alcançar justiça perfeita e paz, a eterna shalom de Deus.
fim da parte 3.
[19] Na seção anterior de sua carta aos romanos (3:21-5:11), o apóstolo ensina claramente que os pecadores serão justificados “pela fé” (note especialmente 3:21, 26, 30; 4:5, 13; 5:1,2). Não se trata simplesmente de que pela fé vimos a compreender que fomos justificados; antes, como Paulo coloca em sua epístola aos gálatas, “assim, nós também, cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo” (Gl 2:16).
[20] George Eldon Ladd, Crucial questions about the kingdom of God (Grand Rapids: Eerdmans, 1952), p. 178.
[21] Historic premillennialism, em The meaning of the millennium: Four views, (org.) Robert G. Clouse (Downers Grove: InterVarsity, 1977), p. 39.
[22] Crucial questions, p. 179.
[23] The return of Christ, Grand Rapids: Eerdmans, 1972, p. 302.
[24] Paulo utiliza aqui o adjetivo grego do qual procede nossa palavra “escatologia”: eschatos, “último”. Devemos apreciar o pleno significado dessa designação. Seria estranho se a “última” trombeta soasse na ressurreição dos crentes, se o reinado intermediário de Cristo apenas se iniciasse e então outra ressurreição ocorresse após um largo período de tempo.
[25] De acordo com a interpretação pré-milenarista, a ressurreição conduz os crentes ao reino milenar de Cristo, como distinto do reino final de Deus. A linguagem de Paulo em 1Co 15:50, todavia, não se ajusta a essa explicação.
IMPORTANTE: O texto a seguir é de autoria de Robert B. Strimple, professor de Teologia Sistemática no Westminster Theological Seminary.
Os pré-milenaristas têm, com freqüência visto essa passagem de Paulo não apenas meramente compatível com a doutrina pré-milenarista, mas também como apoio para aquela doutrina:
Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dentre aqueles que dormiram. Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por meio de um só homem. Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados. Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem. Então virá o fim, quando ele entregar o reino a Deus, o Pai, depois de ter destruído todo domínio, autoridade e poder. Pois é necessário que ele reine até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte.Alguns argumentam que, uma vez que o apóstolo, no versículo 22, refere-se à ressurreição geral – deveríamos esperar que ele falasse da ressurreição dos injustos nos versículos 23 e 24. Assim, a referência de Paulo ao “fim” no versículo 24 precisa ser interpretada como apontando para outra fase, a final, depois da ressurreição pós-milenar: “Então virá o fim [da ressurreição]”. Mas o fato é que não há referencia à ressurreição geral no versículo 22.
Aqueles que discutem que Paulo fala aqui da ressurreição de toda a humanidade insistem que a palavra “todos”, na oração (“todos serão vivificados”), deve ser tão inclusiva quanto o termo “todos” da primeira oração (“todos morrem”). Em outro lugar, porém, o apóstolo usa a palavra “todos”, cuja referência não é inclusiva; e ele pode usar esse vocábulo nas duas orações de uma mesma sentença, quando em apenas uma delas houver a referência inclusiva. Imediatamente, pensamos em Romanos 5.18, em que a linguagem de Paulo é, de forma notável, paralela a 1Coríntios 15.22: “Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens”. Embora o “todos os homens” na primeira frase seja inclusiva (excluindo apenas nosso imaculado Salvador), essa expressão repetida na segunda frase não pode ser todo-inclusiva, porque o contexto deixa claro que Paulo está aí falando daquela justificação que é para a vida eterna; e é contrário a teologia de Paulo dizer que todos os homens e mulheres recebem essa justificação, quer confiem em Cristo, quer não.[19]
Também, em 1Coríntios 15.22, quando Paulo fala de que “em Cristo todos serão vivificados” – o verbo e a frase preposicional são usados de forma coerente no NT para se referir a todas as mais elevadas e concebíveis bênçãos – devemos insistir que essa ressurreição que Paulo tem em vista no versículo 22 é para a vida eterna. Em parte alguma de 1Coríntios 15 a ressurreição dos ímpios é inserida no quadro.
O fundamento da interpretação pré-milenarista dos versículos 23 e 24 apóia-se na presença de dois advérbios (epeita e eita), “advérbios de tempo, denotando sucessão”[20] – os dois traduzidos por “então” na NVI. Discute-se que assim como “um intervalo não identificado” interpôs-se entre a ressurreição de Cristo e a ressurreição dos que pertencem a ele (um intervalo assinalado pelo advérbio grego epeita no v. 23), também “um segundo intervalo indefinido” intervirá entre q ressurreição dos crentes na vinda de Cristo e “o fim” (um intervalo assinalado pelo advérbio grego eita, no v. 24).[21] Esse intervalo é o reino milenar de Cristo, o reino de Cristo como distinto do reino do Pai. George Ladd escreve:
Alguém pode arrazoar, então, que o “fim” deve ter lugar em um período considerável após a parousia de Cristo, em cujo tempo (no fim) ele entregará o reino ao Pai quando, por meio do seu reinado durante o período interveniente, ele completou a tarefa de subjugar todos os inimigos.[22]Em resposta a isso, precisa ser admitido que o advérbio eita pode assinalar um longo intervalo, da mesma maneira que o advérbio epeita indica um extenso intervalo no versículo 23. Mas qualquer um desses “advérbios de seqüência” também pode ser usado no sentido de seqüência imediata: por exemplo, epeita em Lucas 16.7; eita em João 20.27. Não o próprio advérbio, mas o contexto pode determinar a extensão do intervalo assinalado pelo advérbio. O advérbio sozinho não pode carregar todo o peso da construção pré-milenarista que se apóia nele. Berkouwer observa:
A seqüência de pensamento em 1Coríntios 15:23s não é uma série: a ressurreição de Cristo seguida pela ressurreição dos crentes e finalmente pela ressurreição geral. A ênfase está sobre Cristo e o poder de sua ressurreição. A interpretação da seqüência epeita [...] eita [...] como uma referência paulina ao milênio tem vestígios de ser muito influenciada por Apocalipse 20.[23]O que, pois, podemos apreender do contexto que dará a resposta sobre a extensão do intervalo assinalado pelo segundo “então”, o “então” do início do versículo 24?
1) O contexto maior das cartas de Paulo (e o Novo Testamento em geral) mostra-nos que “o fim” não pode ser separado da segunda vinda de Cristo. Por exemplo, note como o apóstolo, no início dessa mesma carta aos Coríntios, concilia a revelação (apokalypsis) de nosso Senhor Jesus Cristo, o fim e o dia de nosso Senhor Jesus Cristo: “...Enquanto vocês esperam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado. Ele os manterá firmes até o fim, de modo que vocês serão irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 1.7,8).
2) Olhando com mais atenção 1Coríntios 15, nos versículos 24-26, aprendemos que Cristo destruirá a morte, “o último inimigo”, no “fim”. Esse será o último ato que Cristo realizará quando colocar todos os inimigos debaixo de seus pés e “entregar o reino a Deus, o Pai”. Mas, observe que nos versículos 54 e 55, o apóstolo Paulo uma vez mais fala da futura vitória sobre a morte.
...Então se cumprirá a palavra que está escrita: “a morte foi destruída pela vitória”.O advérbio “então” (tote), no centro do versículo 54, fala quando a vitória sobre a morte será conquistada. E esse “então” aponta para o que Paulo vem descrevendo em vários versículos: a ressurreição dos crentes.
“Onde está, ó morte, a sua vitória?
Onde está, ó morte, o seu aguilhão?”
Portanto, devemos concluir que a vitória sobre a morte ocorrerá na ressurreição dos crentes (v. 54), que, por sua vez, acontecerá na vinda de Cristo (v. 23), e que essa vitória se dará no “fim” (v. 24-26). Assim, outra vez o “fim” não pode ser separado da segunda vinda de Cristo. Por conseqüência, a força do “então”, no versículo 24, precisa ser aquela do “imediatamente então”.
O pré-milenarismo argumenta que Paulo fala de duas vitórias sobre a morte nesse capítulo: uma preliminar, na vinda de Cristo e ressurreição de crentes (v. 54 e 55), e outra, final, após o milênio, na ressurreição e julgamento dos ímpios (v. 24-26). Nada há, porém, na linguagem do apóstolo que apóie esse raciocínio. O próprio Paulo não apresenta uma distinção entre a morte para crentes e outra para incrédulos. Nas duas partes ele fala simplesmente de “morte”, sem qualificação adicional. De fato, não há evidência de que Paulo tenha em mente a ressurreição dos ímpios em qualquer uma dessas passagens quando relata a destruição da morte, o último inimigo. Não seria bastante estranho que Paulo se alegrasse na ressurreição, julgamento e castigo final dos ímpios, como atos nos quais a morte será finalmente destruída? O fato é que a morte jamais é destruída até os maus serem afetados. Para eles, a ressurreição do corpo é somente o prelúdio do julgamento final e o que a Bíblia chama de “a segunda morte” (Ap 20.6).
O reino intermediário de Cristo alcança seu final culminante quando ele destrói o último inimigo, a morte, trazendo novamente seu povo à vida (v. 54 e 55), por ocasião de sua vinda (v. 23). Agora, se o “fim” acontece na vinda de Cristo, quando seu reino intermediário começa? O NT nos aponta claramente a ressurreição e glorificação de Cristo como o começo desse reinado (veja At 2.36; Ef 1.20-23; Fp 2.9-11; Hb 1.3; 10.12,13; 1Pe 3.21,22). Em Efésios 1.21, Paulo se vale das mesmas palavras gregas usadas em 1Coríntios 15.24 (arche, exousia e dynamis) e, na mesma ordem: “muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio”. Essa passagem de Efésios também nos fala que foi quando Deus “ressuscitando-o dos mortos” (v. 20), exaltou a Cristo para dar início a esse domínio e reinado.
Em 1Coríntios 15.24-27, o apóstolo alegra-se no domínio intermediário que Cristo está agora exercendo com o objetivo de pôr todos os inimigos sob seus pés. Esse reino será completado quando Cristo vier e “a última trombeta” assinalar o dia da ressurreição para o povo de Deus (15.52).[24] A transformação na ressurreição nos possibilitará herdar o reino de Deus – aquele final e eterno reino de Deus que aqui é contrastado com o reino intermediário de Cristo.[25] Quando Paulo fala claramente que Cristo um dia entregará o reino nas mãos do Pai (v. 24) “a fim de que Deus seja tudo em todos” (v. 28), ele não está contradizendo Pedro, que fala do “reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1.11). Devemos lembrar-nos que esse é especificamente o reino de Cristo de conquista sobre seus inimigos, que Paulo tem em vista em 1Coríntios 15. Quando essa conquista estiver completa e todo inimigo for destruído, essa espécie particular de reino terá alcançado seu fim. A história redentiva terá atingido sua dramática conclusão; cada propósito divino terá sido cumprido; e o Filho entregará ao Pai o domínio intermediário, que lhe fora dado com o propósito de alcançar justiça perfeita e paz, a eterna shalom de Deus.
fim da parte 3.
[19] Na seção anterior de sua carta aos romanos (3:21-5:11), o apóstolo ensina claramente que os pecadores serão justificados “pela fé” (note especialmente 3:21, 26, 30; 4:5, 13; 5:1,2). Não se trata simplesmente de que pela fé vimos a compreender que fomos justificados; antes, como Paulo coloca em sua epístola aos gálatas, “assim, nós também, cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo” (Gl 2:16).
[20] George Eldon Ladd, Crucial questions about the kingdom of God (Grand Rapids: Eerdmans, 1952), p. 178.
[21] Historic premillennialism, em The meaning of the millennium: Four views, (org.) Robert G. Clouse (Downers Grove: InterVarsity, 1977), p. 39.
[22] Crucial questions, p. 179.
[23] The return of Christ, Grand Rapids: Eerdmans, 1972, p. 302.
[24] Paulo utiliza aqui o adjetivo grego do qual procede nossa palavra “escatologia”: eschatos, “último”. Devemos apreciar o pleno significado dessa designação. Seria estranho se a “última” trombeta soasse na ressurreição dos crentes, se o reinado intermediário de Cristo apenas se iniciasse e então outra ressurreição ocorresse após um largo período de tempo.
[25] De acordo com a interpretação pré-milenarista, a ressurreição conduz os crentes ao reino milenar de Cristo, como distinto do reino final de Deus. A linguagem de Paulo em 1Co 15:50, todavia, não se ajusta a essa explicação.
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