sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

AMILENISMO: Parte 3 - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO: O PONTO FINAL DA HISTÓRIA REDENTIVA

IMPORTANTE: O texto a seguir é de autoria de Robert B. Strimple, professor de Teologia Sistemática no Westminster Theological Seminary.

O AT não ensina um futuro reino milenar de Cristo. Os profetas veterotestamentários falam uniformemente sobre o reino perene do Messias e suas bênçãos perpétuas.[13] Com respeito à revelação do NT em relação ao futuro, porém, temos de dizer mesmo mais que isso. O NT não apenas não ensina o reino milenar – como faz sobre a segunda vinda de Cristo – como também não considera um reino milenar terreno em seguida ao retorno de Cristo, porque o NT revela claramente que os eventos seguintes a ele são todos simultâneos, isto é, ocorrerão juntamente em um grupo de eventos finais, um grande e dramático encerramento da história da redenção: a segunda vinda de Cristo, a ressurreição dos crentes (e a “transformação” dos crentes vivos, 1Co 15.51), a ressurreição dos ímpios, o julgamento de todos, o fim, os novos céus e a nova terra, e a inauguração do reino final de Deus, a bendita condição eterna dos regatados.

Porque isso é assim, a Bíblia tem de ser mal interpretada artificialmente, de forma a ajustar-se a um período milenar depois do retorno de Cristo, separando a ressurreição dos ímpios da ressurreição dos justos, o julgamento daqueles da vinda de Cristo e o julgamento dos crentes, e a renovação cósmica (um novo céu e uma nova terra) da vinda de Cristo. Em nosso estudo das muitas passagens do NT, que faremos a seguir, o nosso ponto principal é a ocorrência de todos esses temíveis eventos finais. Examinaremos muitos detalhes para chegar a conclusões, mas será importante não trocar a floresta pelas árvores.

Quando a ocorrência de todos esse eventos finais é reconhecida, o quadro escatológico resultante é simples. Alguns vêem essa simplicidade como uma fraqueza do amilenarismo. Mas não devemos confundir simplicidade com superficialidade ou complexidade com profundidade. Temos espaço para considerar apenas uma amostra da revelação do NT.[14]


continua...


[13]
V. p. ex., Gn 17:7,8; 48:4; 2Sm 23:5; 1Cr 16:17,18; Sl 105:10,11; Is 45:17; 55:3; 61:7,8; Jr 32:40; 50:4,5; Ez 16:60; 37:26; Dn 4:3,34; 7:14,27; 12:2.

[14]
Com relação aos argumentos apresentados nesta seção, estou em dívida com as abordagens apresentadas pelo prof. John Murray, em suas dissertações na sala de aula do Westminster Theological Seminary, em 1958 (não publicadas).

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